segunda-feira, 15 de janeiro de 2007






porque é aqui, no meu silêncio, quando os outros querem que fale, que as minhas palavras ganham a sua alma.
porque a minha liberdade de expressão tem as cores de todos os dias.
é breve. nasce e morre com o sol.
não grita, mas ouve-se. é silenciosa, como silenciosas são as flores, as nuvens, a água, o céu.



(fotos de Marko Petric)
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Assim, pouco a pouco
escolhi, o presente Silêncio
Silêncio, tão pouco querido
oh, derradeiro momento
Silêncio, Momento, Silêncio

Pedro Ayres Magalhães

3 comentários:

Unknown disse...

o teu silêncio é a tua opção, que eu respeito, como respeito a tua opinião, mesmo divergente que seja.
A conversa é nossa, pelo menos foi desta forma que a encarei, quanto ao resto será tema do meu próximo post.

:)

XX

Rosalina Simão Nunes disse...

sim, jotabê, tens razão, este post, este silêncio aconteceu pelas tuas últimas palavras, no teu blog. o que lá escreves poderia ser tão ofensivo, se assim eu o quisesse sentir, que me apeteceu mais que nunca o silêncio...


aqui, nesta minha participação no mundo da blogosfera, defini que à 2ª, porque preciso dessa disciplina, deixaria que a minha alma se misturasse com as palavras e as imagens. trabalho que, confesso, me apetece fazer todos os dias, e que, no entanto, evito porque me esgota.

meu caro, eu prefiro, sem dúvida divergir nas ideias. eu gosto da discussão. da argumentação, mas só, e apenas, quando ela é válida.

opinar sobre uma tela, um poema, um romance, uma melodia...sobre a arte, não nos exige saber do que falamos. não temos de argumentar com o conhecimento. podes nem saber quem são os autores, que se a tua opinião estiver fundamentada, se for coerente, ninguém te pode dizer que estás errado. aqueles que fazem a arte oferecem-na aos outros. os outros sentem-na e falam sobre ela. e os sentires são diferentes de pessoa para pessoa, logo as opinões podem e devem divergir.

noutras matérias, como, por exemplo, a educação, a questão já não é assim.

os teus argumentos têm de ser fundamentados de acordo com conhecimentos válidos. senão serão falaciosos e estarão muito perto daquilo a que, popularmente, se apelida de má língua.

mas o povo gosta de ter opinão. acha-se importante.

então que fale.

depois se verá.

quem luta por princípios porque os tem, vence sempre.

e claro que o povo aqui é depreciativo e não se aplica a ti, ainda que ache que exageraste na tua argumentação final (por isso ficaste sem resposta...), mas a todos aqueles que se julgam no direito de interferir de forma velada, escondida.

falta frontalidade. e eu não gosto disso. e é disso que não gosto, não é de Daniel Sampaio.

quanto ao meu vencimento, se quiseres saber o valor, é fácil, estou no 7º escalão.

17 anos é muito ano para achar que todos podem falar do que não sabem. não achas? ora, vai lá saber, qual é o vencimento da ministra e que tem ela no seu currículo que lhe possa permitir a fundamentação das medidas que tem implementado?!



enfim.

nestes casos o melhor é mesmo o silêncio.

Unknown disse...

Rosalina, a tua opção do silêncio, foi tomada antes do meu comentário e das minhas últimas palavras, que julgo sejam as, “não me calo…”, que também não são mais que resposta à tua referência de te sentires incomodada por a sociedade no geral achar que pode emitir opiniões, (…), que eu poderia igualmente, achar ofensivo, e lá voltamos nós ao que acho, por teres achado tu antes, e podíamos estar aqui o resto da vida e mais seis meses, a opinar e contrapor, que no fundo é o que acontece quando se tem opiniões divergentes, que também não drama nenhum.

Quanto a D.S:, foi uma afirmação tua, se mudaste de opinião, alegra-me pois considero-o uma leitura muito importante

O teu ordenado foi um desafio sem maldade.

:)

XX