domingo, 19 de abril de 2015

Os erros de quem "ataca" o novo acordo ortográfico

Que haja quem não defenda a lei do novo acordo ortográfico é aceitável e tem de ser respeitado. Trata-se de uma opinião.

Que haja quem não respeite o acordo é discutível. Desrespeita a lei, logo, que seja punido. De qualquer forma é uma decisão pessoal que deverá ser sempre ponderada por aquele ou aquela que assim aja. Aconselha-se.

Que haja quem argumente contra o novo acordo, usando argumentos falaciosos e falsos, é inaceitável. E está errado.

Vem isto a propósito da partilha de uma amiga no Facebook da imagem que aqui publico também. 

A argumentação apresentada com o exemplo de "Alto e para o baile!" está errada e, por isso, é falsa. 

As palavras aparecem em contextos, as frases, os textos. É isso que as distingue e é nesses contextos que temos de as perceber. Tal como acontece, por exemplo, em:  "Dá-me o molho das chaves." e "Molho sempre os pés no mar, quando vou à praia no inverno. Não me parece que alguém fique com dificuldades em distinguir verbo de nome, ainda que palavras homónimas.

Considerando que "Alto e para o baile" seja uma expressão idiomática, jamais seria usada no contexto do após acordo ortográfico apresentado na imagem.

As expressões idiomáticas não têm uma utilidade específica, mas criam imagens que captam a emoção e a sensibilidade dos falantes, podendo ainda facilitar a memorização."



sábado, 11 de abril de 2015

Falar para vs falar com

Enquanto professora de português, digo muitas vezes aos alunos que na comunicação oral todo o processo seria muito fácil se as pessoas, quando abrissem a boca, soubessem porque e com que intenção o faziam.

Afinal, as hipóteses são apenas quatro, com pequenas variantes:
  • Fala-se porque se pretende informar, declarar e constroem-se frases de tipo declarativo;
  •  Fala-se porque há emoções a partilhar e dizem-se frases de tipo exclamativo;
  • Fala-se porque há conselhos, ordens, pedidos a dar e fazer, soltando-se frases de tipo imperativo;
  • Fala-se porque se tem dúvidas, se pretendem informações e a pergunta é acontece (frases de tipo interrogativo).
Outro aspeto essencial, e que refiro, é o facto de devermos usar a seguinte regência, no uso do verbo falar: falarmos com. Ou seja, quando se fala deveria ser sempre com alguém.

Afinal, só assim é que a comunicação pode existir. 

No fim dessas minhas preleções enquanto professora, concluo, apelando à reflexão: não acham que se todos falássemos assim, uns com os outros e com a certeza da razão ou emoção que nos leva a abrir a boca, mais de metade dos desentendimentos desapareceriam?

Fico, muitas vezes, com a sensação, pela expressão facial deles, que aquela é a primeira vez que alguém lhes diz aquilo. Outros olham para mim como se eu fosse de outro planeta. E, claro, há sempre um grupo que olha mas não está a "ver".

E vem isto a propósito do facto de ter encontrado por aí a foto, em cima, e que enriquece estas palavras. Sim, não é mero adorno das minhas palavras.

Quanto dei com esta imagem do atual ministro da educação, perguntei-me: para quem falaria o senhor ministro da educação, naquele momento... Certamente, com ninguém que estivesse na plateia. Se calhar até estava sozinho... Ou, então, falava para os professores. 

Com Deus não seria, certamente.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A Municipalização da Educação em Oeiras e as apreensões da Comunidade Educativa

http://www.dorl.pcp.pt/index.php/pcp-oeiras/7653-a-municipalizacao-da-educacao-em-oeiras-e-as-apreensoes-da-comunidade-educativa
Destaco:
(Para ler o artigo na íntegra, clicar na imagem.)
"(...)Entre esta sessão e a que a CDU realizou em 7 de Novembro do ano passado(ver aqui), algumas coisas se terão alterado, mas, no essencial, tudo permanece igual. Dos promotores (Governo e Câmaras) as mesmas certezas. Do lado da Comunidade Educativa, as reservas, as inquietações e as discordâncias ou são as mesmas ou aparecem agora reforçadas. Os eleitos da CDU presentes colocaram questões (uma, a única a ser aplaudida, a outra a provocar significativos sorrisos) que mereceram respostas de circunstância.  Que se desenganem, Governo e Câmara: o que se passou, no passado dia 23 do Auditório Escola Secundária Sebastião e Silva, em Oeiras nem esclareceu nem tranquilizou ninguém.(...)"

Comuntário: Mais do mesmo. Não se ouve a voz da razão. O objetivo é destruir a Escola Pública.