segunda-feira, 25 de maio de 2009

Actividade 3 - selecção fundamentada de OER's

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PERCURSO - Apreendido o objectivo da actividade (seleccionar 3 OER's com base num conjunto de critérios relevantes), e dado que os OER escolhidos não tinham de estar obrigatoriamente ligados à nossa área de formação (Língua Portuguesa), são indicados, primeiramente, dois recursos cuja utilização seria apresentada em articulação, numa situação hipotética de aprendizagem do Jogo de Xadrez. Quanto ao terceiro OER, é apresentado isoladamente, como motivação para a participação num Projecto Multidisciplinar, envolvendo as disciplinas de Língua Portuguesa e Educação Tecnológica.
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1º e 2º Recursos - Aprender a jogar Xadrez
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Descrição dos 1º e 2º recursos


1º Recurso -
Xadrez


  • Descrição do 1º Recurso
Para descrever este vídeo de animação, transcreve-se um dos comentários ao mesmo: Este vídeo não quer nos mostrar como se joga xadrez e sim como uma pessoa idosa fica solitária, ignorada, desprezada e carente levando-a usar a imaginação para se divertir. Se fosse uma criança acharíamos que era uma criança muito inteligente e criativa, mas como é um velho todos rotulam como caduco!!! Este vídeo me ajudou a entender mais a vida de uma pessoa idosa. ( thierryso)
  • Como utilizar
Numa situação hipotética de aprendizagem do jogo de Xadrez, num Centro de Ocupação de Tempos Livres, este vídeo seria apresentado como promoção da actividade, já que de uma forma humorística apresenta, quer o jogo, quer o ambiente ideal para quem procure ocupar os seus tempos livres de forma lúdica e reflexiva.
  • Critérios
- Visualização do processo pretendido - saber jogar xadrez;
- Vídeo elaborado sem o recurso à palavra, usando o humor, sendo, por isso, bastante apelativo;
- A animação tem bastante qualidade;
- Encontra-se disponível na internet, no YouTube, portanto, de fácil acesso;
- Relacionado com este vídeos estão outros que poderão servir de complemento à aprendizagem, já que são tutoriais.
  • Adaptações
Sem necessidade.
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2º Recurso - Xadrez

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  • Descrição do 2º Recurso
Trata-se de uma colecção de documentos, contendo as regras, as fases, a história do Xadrez, estratégias, entre outros aspectos, que seriam bastante úteis para apresentar o jogo de Xadrez.
  • Como utilizar
Este wiki seria usado para iniciar os interessados na aprendizagem do jogo de Xadrez, numa actividade contínua à sua promoção feita pelo 1º Recurso.
  • Critérios
A escolha deste recurso prendeu-se com os seguintes aspectos: conter, pelas características inerentes a um wiki, um conjunto de informações pertinentes para o conhecimento do jogo, bem como hiperligações que possam permitir o aprofundamento da aprendizagem. Sendo um OER, permite a sua adaptação que neste caso se irá sugerir, já que, num processo de iniciação ao Xadrez, convém restringir a informação inicial pela complexidade que o jogo pode adquirir.

E, neste contexto, cumprirá referir que este não foi o recurso escolhido, numa fase inicial do processo de selecção dos OER's.

Partindo de um recurso sugerido, nas instruções da Actividade 3, para ser, eventualmente usado, como motor da pesquisa que se pretendia, acabei por encontrar este tutorial que me pareceu, de todos os recursos, o mais claro e objectivo para iniciar a aprendizagem do jogo de Xadrez. Discreto, mas apelativo, tinha bem discriminadas as várias fases de aprendizagem, bem como as regras essenciais do jogo. Na altura, não verifiquei a licença de uso. Nem me apercebi que, entretanto, já não estava a usar repositórios de OER's.

No entanto, quando me preparava para o inserir no trabalho, sugerindo a sua adaptação, nomeadamente, a necessária tradução, constatei que a licença do mesmo não era livre. Fui, então, (re)ler documentação sobre a licenças/copyright e adaptação de materiais e percebi que seria, de facto, um risco, senão mesmo um erro, incluir o tutorial no âmbito deste trabalho. Neste processo de esclarecimento, houve um momento em que pus, inclusivamente em causa, a utilização do 1º Recurso, já que a licença do Youtube não é livre. No entanto, encontrei esta referência no Free Learning e que me dá algumas garantias para a utilização do vídeo Xadrez como OER, ainda que não o tenha encontrado, até agora, no YouTube-Edu...
  • Adaptações
Partindo do contexto em que se pretende utilizar este recurso, acima descrito, julga-se que a utilização do wiki poderá parecer confusa, já que, pela sua estrutura, contém demasiada informação para quem se esteja a iniciar na matéria.
Assim, sugere-se a sua adaptação, quer no que respeita a ferramenta, propondo-se a utilização da informação num slide, bem com a selecção dos aspectos essenciais para uma iniciação. Utilizando o SlideShare, por exemplo, para divulgação do recurso, seria possível escolher a licença adequada para que o recurso continuasse a ser OER.
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3º Recurso - Star Kids' Sand Painting
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  • Descrição do 3º recurso
Star Kids' Sand Painting é um vídeo que documenta o envolvimento de jovens num processo de criação de artes visuais, brincando com areia. Pretende-se incentivar os alunos a interagir e a tomar consciência da ligação entre as suas ideias criativas e a forma visual que as mesmas podem adquirir.
  • Como utilizar
O terceiro recurso escolhido seria usado para motivar alunos do 8ºAno a participar num Concurso, envolvendo as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa e Educação Tecnológica.
Após o estudo do texto poético, nas aulas de Língua Portuguesa - 8ºAno, partindo de poemas cuja temática fosse o mar, os alunos fariam o levantamento de elementos marítimos. Numa segunda fase, em Educação Tecnológica, seria mostrado aos alunos o vídeo - Star Kids' Sand Painting - a fim de explicar a forma como deveriam produzir os elementos marítimos identificados a Língua Portuguesa, utilizando apenas a areia e um cartão preto. No final, os trabalhos seriam expostos e toda a comunidade escolar participaria na escolha do melhor trabalho.
  • Critérios
- Visualização do processo pretendido;
- Vídeo elaborado sem o recurso à palavra, exigindo a utilização da visão, sentido fundamental para a execução da tarefa pretendida;
- Tratando-se de um vídeo, permitiria ao professor controlar os vários momentos da execução da tarefa;
- Encontra-se disponível na internet, num repositório organizado de OER's;
- A faixa etária dos jovens do filme é próxima do grupo que se pretende motivar, permitindo com maior facilidade a auto-motivação.
  • Adaptações
Sem necessidade.
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terça-feira, 19 de maio de 2009


Yes!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Cozinheiros de histórias

Publicado também aqui.

Ler é saudável - Concurso de Marcadores

Habemos marcadores!
Iniciativa do PES e PNL do Agrupamento Dr. João das Regras - Lourinhã.[ Ver mais...]


domingo, 17 de maio de 2009

Charrua - Lopes da Mota: dois pesos e duas medidas, Fliscorno

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Leitura obrigatória


Adenda

Esta leitura obrigatória que aconselho e que acabo de fazer, de novo, levou-me à seguinte questão: por que razão aqueles que alcançam o poder e o exercem, se esquecem, tão depressa, das lutas, dos constrangimentos, às vezes, do sofrimento, precisamente, daqueles que lutaram a seu lado. Do espírito de sacrifício. Da calúnia. Da ofensa. E, em nome de uma legitimidade quase abstracta, num ápice, consideram ter reunidas, só porque foram eleitos, as condições de, isoladamente, governarem. Ou, então, preferem ver-se rodeados, no exercício do poder, por gente fraca, capaz de oprimir, de ofender, de menosprezar, mesmo que, aparentemente, pareçam frágeis. Ou de outros que preferem sussurrar ao ouvido, evitando comprometer-se.

Isto tem um nome: hipocrisia e depois tem ainda outro: politiquice - a face negra e oculta da política. Esta, sim, uma palavra nobre, mas pouco dada à praxis por aqueles que a fazem.

A política devia ser exercida na arena. Em público, em discussão. Frontalmente.

Falta tanta ousadia a quem detém o poder... Tantas vezes! É mais fácil arquivar processos, sejam eles disciplinares ou de inquérito.

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A nossa memória é fantástica! Com um simples clique activamos informações, aparentemente, adormecidas.
Foi o que me aconteceu, quando li este artigo: Livros escolares para os próximos seis anos esquecem novo Acordo Ortográfico.
Automaticamente, apareceram, vindas do meu repositório, infelizmente, recente, esta e esta notícia.

Interessante este processo de activar memórias ao sabor de um clique. Ou talvez fosse melhor continuarem adormecidas... São tantos os erros...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Reflexão crítica sobre OERs

Resumo

Numa reflexão crítica sobre os OERs (Open Educational Resources), Recursos Educacionais Abertos (REAs), em Português, no âmbito do trabalho desenvolvido em Materiais e Recursos para E-Learning, primeiro, apresento um post que defende os OERs como sendo o caminho a seguir no domínio da aquisição do conhecimento, mas que, em simultâneo, aborda a controvérsia da questão. O post de Terry Anderson - Even with Information glut, we need Open Education Resources - cumpre essa intenção.

Depois, e porque estamos a assistir a profundas alterações nas formas de processar a informação para alcançar o conhecimento - o fenómeno da globalização -, sublinho a importância da partilha, quer de experiências, quer de conteúdos, recorrendo a instrumentos que permitam desenvolver OERs de qualidade. Os posts de Michele Martin e Wynn Williamson cumprem essa intenção: How Do You Create a Culture of Sharing? e Influences on the open educational resources movement, respectivamente.

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......Assume a world where teachers and learners have free access to high-quality educational resources, independent of their location. Assume further that many of these resources are collaborative produced, and localized and adjusted for the learner’s specific needs and context. Assume that the cost of producing and maintaining these resources would be distributed across a large number of actors and countries. Assume further that the costs were declining rapidly and, for practical purposes, could be considered to be negligible.

Such a world exists, today, in a laboratory scale. In the next several years, it will become possible in a scale that will radically change the ways in which we learn and create knowledge. - Ilkka Tuomi

Das palavras de Ilka Tuomi, retiradas de Open Educational Resources: What they are and why do they matter, assume-se que os OERs são já uma referência que não se pode ignorar no mundo do conhecimento.

Apesar de poder haver quem considere que, com o movimento dos OErs, se está a negligenciar a qualidade dos conteúdos, deverá considerar-se, como escreve Terry Anderson, num post que responde às questões de Brian Lamb sobre esta matéria, que os OERs oferecem a possibilidade, não só de partilhar o livre acesso a conteúdos académicos, como também "the expertise and passion" dos educadores que estão qualificados para ajudar os alunos.

We need more of these resources not constraints or misinformed criticism of the OER promise to increase access and public knowledge, escreve Terry Anderson, na referência em cima - Even with Information glut, we need Open Education Resources -, e, com base em leituras efectuadas, é incontornável que, hoje em dia, cada vez mais, o acesso ao conhecimento se faz recorrendo a OERs.

Importa, por isso, saber como partilhar com qualidade os projectos que envolvem OERs. Foi nesse sentido que orientei a minha pesquisa. E encontrei neste post linhas orientadoras para a criação daquilo a que Michele Martin, a autora do blog, designa de "culture of sharing". Em síntese, para criar uma cultura de partilha, mesmo em espaços de grande competição, é necessário:
  • Construir e divulgar perfis pessoais com referência às capacidades e experiências;
  • Apostar em indivíduos que não sejam individualistas. Que, como Michele Martin escreve, who talk about "we" instead of "I" and who tell stories about shared accomplishments rather than what they alone achieved;
  • Manter as pessoas focadas no que, de facto, interessa - "Keep it real";
  • Promover o reconhecimento pelos pares;
  • Usar a tecnologia a fim de divulgar / promover os OER, promovendo também situações de comunicação face a face, to bring people physically together to share knowledge and form stronger community bonds.
Por forma a enriquecer este contributo de Michele Martin, faço também referência aos seguintes três posts de Leigh Blackall, que no seu todo, constituem um Handbook, sobre o uso de ferramentas na criação e divulgação de OER:


E, neste ponto, parece-me importante, até porque o meu interesse sobre os OERs é recente, e para este trabalho de reflexão procurei, também, perceber a inevitabilidade da existência dos OERs, referir, ainda, este post: Influences on the open educational resources movement. De uma forma muito objectiva e clara, Wynn Williamson dá-nos conta das principais influências que têm contribuído para o desenvolvimento do movimento dos OERs, nomeadamente, os conceitos de: Open Source Software, Open Content e Learning Objects.

O software de fonte aberta (Open Source Software) é, para Williamson, a mais importante influência no que respeita os OER, de tal forma que, frequentemente, se pensa em fonte aberta aplicada a conteúdos e não a software. Ainda sobre o Open Source Software, as duas grandes contribuições para os OER's são os conceitos de licença aberta e o de trabalho colaborativo ("the open license concept and a demonstration of the power of collaborative community development models.").

Já a expressão "conteúdo aberto" (open content), com o cunho pessoal de David Wiley, tem por detrás a ideia de que o conceito de software de fonte aberta se pode aplicar a conteúdos. Desta forma David Wiley adaptou este conceito de abertura e criou o de Open Content License. Larry Lessig e outros desenvolveram a ideia de que a maioria dos conteúdos não são criados para gerar lucro. Em suma, o maior contributo do Open Content para os OERs tem sido a defesa do conceito de abertura em detrimento dos direitos de autor, acreditando que, sem lucros, os benefícios sociais serão imensos.

Com a emergência da era digital, na década de 90, o conceito de materiais de aprendizagem digitais ganhou forma e foi desenvolvido. Um processo a que se chamou Lego model (modelo Lego), sugerindo a possibilidade de criar simulações de aprendizagens que pudessem ser reutilizáveis. Apesar do conceito ter vindo a esmorecer, a ideia foi levada para a discussão dos OERs.

Para Williamson estes são os aspectos essenciais para que a discussão à volta dos OERs possa partir de uma base comum de entendimento ("at least close enough to provide a starting point for understanding the field".).

Para mim, a leitura deste post foi um importante registo de informação, confirmando a ideia que vou construindo sobre os OERs. Trata-se de um conceito que ultrapassa a mera construção de materiais para serem usados, no meu caso, enquanto professora, em sala de aula. Associado a ele está sempre a ideia de reutilização e partilha. Através da sua criação e reutilização, o professor, como refere Terry Anderson no post acima citado, tenta auto-motivar-se e entusiasmar-se ( "It attempts to capture the personal motivation and excitement of the teacher... " ) de forma a promover a motivação tantas vezes necessária [eu substituiria often por always...], no apoio aos alunos, nas suas aprendizagens. E aqui sublinho a importância da existência de verdadeiras comunidades de partilha, construída a partir de critérios válidos, com base numa "culture of sharing", ( fazendo de novo referência à expressão usada por Michele Martin, no seu post How Do You Create a Culture of Sharing?), já que a existência desses espaços poderá permitir a outros professores adaptar os recursos às suas realidades:

Properly licensed (read Creative Commons, with derivatives allowed) OER’s also allow other educators and learners to contextualize, mash, translate and republish this specialized content, thus creating an ever expanding and infinitely malleable resources. - Terry Anderson

Posso avançar que, desde que comecei a estudar o conceito de OERs, decidi permitir o download dos slides que vou publicando aqui, tendo-lhe atribuído a licença Attribution Non-Commercial. Isto porque, se antes me fazia alguma confusão aceitar que outros pudessem reutilizar o trabalho que eu fizera, neste momento, essa ideia parece-me completamente ultrapassada, fruto de uma cultura que se centrava apenas na aquisição dos conteúdos de uma forma quantas vezes estanque, sem discussão, em que o professor dava a matéria para o aluno a decorar.

Resta saber se este conceito de abertura associado à aquisição de conhecimento se conseguirá sobrepor ao dos lucros das empresas que, até aqui, detinham o monopólio dos materiais educativos...
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segunda-feira, 4 de maio de 2009


O Trabalho, a preocupação, a labuta e a perturbação são na verdade o destino de quase todos os homens durante toda a sua vida. E, contudo, se cada desejo fosse satisfeito, assim que surgisse, como ocupariam as suas vidas, como gastariam o tempo? - Schopenhauer, Sobre o Sofrimento do Mundo

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Respondendo... Provavelmente, à procura do próximo desejo.


(Espécie de perfil: Taciturno)