segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ministra assume que esteve em "guerra" com os professores

Ministra da Educação avisa, referindo-se às promessas da oposição: "Estão a comprar a paz com os professores por um preço que o país não pode pagar".

Por estas palavras infere-se que a Senhora Ministra da Educação assume que esteve em guerra com os professores. O que é incompreensível em quem teve, durante 4 anos, a tutela do Ministério da Educação.

"Procurei imprimir uma orientação de total respeito pelas heranças que recebi, colocar o interesse do país, dos jovens e das famílias acima de qualquer outro interesse e continuar o caminho daquilo que são grandes consensos." - Ministra da Educação dixit.

Esta senhora continua. Esta senhora esquece que na Educação existem os interesses das famílias, dos jovens do país e, também, dos professores.

Os professores, senhora ministra, não são lixo ou escravos que se possam usar e deitar fora ou exigir competência sem pagar.

Francamente.
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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Iliteracia jornalística

A propósito da apresentação do Programa do PSD, lê-se o seguinte aqui, no primeiro parágrafo:

PSD compromete-se, no seu programa eleitoral para as legislativas, a alterar o estatuto do aluno, suspender o actual modelo de avaliação de professores e rever o estatuto dos docentes, abolindo a divisão da carreira em duas categorias.

Fui ler o documento oficial do Programa Eleitoral do PSD.

Confirma-se a suspensão do actual modelo de avaliação e a revisão do estatuto dos docentes. No entanto, parece-me que a utilização do gerúndio do verbo 'abolir'' como acção sobre a divisão da carreira em duas categorias, sendo consequência dessa suspensão e revisão, é abusiva, uma vez que isso não está escrito no Programa, sem sequer julgo que se possa ler nas entrelinhas. Antes pelo contrário, está bem claro que a divisão será para manter. Garante-se é que seja noutros termos.

O que se lê na página 22 é:

Reveremos o Estatuto da Carreira Docente, nomeadamente no respeitante ao regime de progressão na carreira, corrigindo as injustiças do modelo vigente e abolindo a divisão, nos termos actuais, na carreira docente.
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Comportamentos anti-sociais vs Gripe A

No dia 10 de Agosto do corrente mês, a Senhora Ministra da Saúde terá afirmado "que foram identificados "comportamentos anti-sociais" de pessoas que se recusam a cumprir as medidas de controlo da gripe A (H1N1) ou declaram mesmo a intenção de propagar a doença."
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No dia 26 de Agosto, a Senhora Ministra da Saúde tem a seguinte opinião: «não se pode impedir o processo de aprendizagem dos alunos», fechando escolas pelo facto de se prever uma pandemia da gripe A.

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Na minha opinião, se se prevê uma pandemia da gripe A, o processo de aprendizagem dos alunos vai ser impedido. Logo, a fim de evitar que haja razões para ter de identificar comportamentos anti-sociais, o mais razoável seria evitar que os alunos pudessem fazer parte das estatísticas da pandemia.

Isto é, afinal, as previsões são mesmo para levar a sério ou tudo não passa de puro terrorismo sanitário?

Parece-me que se está a brincar com a saúde pública.

Se se prevê uma pandemia, se se sabe que as Escolas abertas serão veículo para o desenvolvimento dessa pandemia, porquê abri-las? Porquê sujeitar as crianças, os jovens, os professores, os auxiliares educativos, o pessoal administrativo a esse risco?

Ou pretende-se, em plena campanha eleitoral, vir dizer que foi a acção do governo que impediu a pandemia? Afinal,
A titular da pasta da Saúde adiantou que as medidas de contenção da gripe A nas escolas «vão ser anunciadas antes da abertura do ano lectivo». No final de Setembro, mês da abertura do Ano Lectivo, há eleições. Convirá passar a mensagem de que o Governo está a tomar as medidas necessárias para conter a Gripe?

Parece-me a mim que declarar que se prevê uma pandemia da Gripe A, saber que as Escolas serão espaços de propagação da mesma e não assumir que se têm de fechar as Escolas é revelador de comportamento anti-social.

Ou será que não estou a ver a natureza dos factos? Provavelmente estarei errada.



quinta-feira, 20 de agosto de 2009











Ternuras...

sábado, 15 de agosto de 2009

(...)
Aos poucos, devagar, eleição a eleição, a ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] está a transformar-se num monstro que proíbe, decide e impõe o que deve ser publicado nos media. Só para recordar: a ERC é o resultado de uma negociação entre PS e PSD e teve o apoio do CDS. Os seus membros foram escolhidos depois de uma troca política semelhante à que ocorreu na eleição do Provedor de Justiça. Quem lá está a decidir quem escreve, o quê, nos jornais ou na televisão, foi escolhido e convidado pelos grandes partidos políticos. Não é só ousadia do PS. (...)

6 AGOSTO 2009 Sábado, pág. 10

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Não me assusta a Gripe A.
Esta situação sim.
Estamos em 2009.

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