quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

partindo das palavras do abssinto, nasceram estas:

...tinham respondido ao desafio da empresa que com o intuito de estimular as relações interpessoais entre os vários elementos, sugerira que durante um mês cada um deixasse no placar mensagens, identificadas com um pseudónimo.
ela escolhera o pseudónimo ela, ele optara por ele.
claro que entre eles se estabelecera logo um elo, ainda que não soubessem quem era cada um.
a revelação seria feita no fim do mês, num jantar de convívio.
todas as manhãs, todos deixariam, numa caixa para o efeito, as mensagens. a meio da manhã seriam afixadas.
a cada dia que passava as mensagens trocadas entre ambos se estreitavam e a curiosidade dos dois era notoriamente maior.
quem seria o outro? aquele que tão acertadamente completava as ideias, os indícios.
numa das manhãs ela deixara a seguinte mensagem: "acordei cinzenta."
a mensagem dele era: "quando te vi acordar, hoje, tão triste, arrependi-me de não me ter lembrado de ir à rua comprar flores para acordares com um sorriso."
aquele jogo de palavras misturado com tanta alma perturbava-os a ambos. andavam em permanente ansiedade, desejosos da manhã seguinte. do ritual da caixa, dos olhos a procuraram no placard as mensagens.
e os dias passaram e a noite do jantar era já no dia seguinte.







post do abssinto

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