Objectivo da Actividade 4 de Concepção e Avaliação em E-Learning:
- Proporcionar uma análise, reflexão e discussão sobre as modalidades/estratégias, instrumentos e actividades que têm vindo a emergir na literatura sobre avaliação das aprendizagens em contextos de educação/formação online.
A metodologia sugerida para atingir o objectivo foi a constituição de pequenos grupos com vista à selecção de um texto que, após análise, teria de resultar na apresentação de um powerpoint onde fosse apresentada a abordagem do texto. Tal como fiz nas actividades anteriores, irei descrever o processo de desenvolvimento da actividade noutro post. Aqui, refiro apenas que, desta vez, formei equipa com a Teresa Fernandes, a Maria de Lurdes Martins e o Luís Miguel Rodrigues. O texto escolhido pelo grupo para trabalhar foi - HAMMOND, Michael (2005) “A review of recent papers on online discussion in teaching and learning in higher education” Journal of Asynchronous Learning Networks. http://www.sloan-c.org/jaln/pdfs/v9n3_hammond.pdf e, por sugestão do Luís Miguel, usámos o VoiceThread para apresentar o nosso trabalho à turma pelo seu potencial de interacção, na formação online.
Desta vez, no debate que se seguiu, procurei encontrar um fio condutor entre os vários trabalhos apresentados pela turma, ou, pelo menos, encontrar forma de ligar, nos meus comentários, os três trabalhos apresentados. Disso darei conta de seguida, transcrevendo as três participações que resultaram dessa intenção. Num dos momentos de interacção da discussão, houve uma colega que referiu como ambiciosa essa minha intenção. Julgo que consegui atingir o meu objectivo por isso, neste caso, foi gratificante ter sido ambiciosa, até porque as minhas intervenções proporcionaram a continuação do debate.
Desta vez, no debate que se seguiu, procurei encontrar um fio condutor entre os vários trabalhos apresentados pela turma, ou, pelo menos, encontrar forma de ligar, nos meus comentários, os três trabalhos apresentados. Disso darei conta de seguida, transcrevendo as três participações que resultaram dessa intenção. Num dos momentos de interacção da discussão, houve uma colega que referiu como ambiciosa essa minha intenção. Julgo que consegui atingir o meu objectivo por isso, neste caso, foi gratificante ter sido ambiciosa, até porque as minhas intervenções proporcionaram a continuação do debate.
1ª Participação - No espaço de discussão do trabalho - Avaliação em ambientes online - apresentado por Mónica Velosa, José Carlos Figueiredo, Sandra Brás e Paulo Simões.
Segunda, 22 Fevereiro 2010, 01:09
Vou começar a minha participação por destacar uma das referências da Teresa Fernandes sobre o Vosso trabalho: Passa-se então para um modelo mais centrado no aluno, em que é este que “gera produtos e recursos que podem ser utilizados e partilhados por outros”, comunicando, participando e contribuindo na comunidade online. Já foi destacado nas várias entradas a importância de centrar os modelos nos alunos. Estamos a falar de estudos que remontam ao final do século XX, princípios do século XXI. Creio que o ano mais antigo é 1999. Ora, eu comecei a trabalhar em 1989 e desde então que oiço e leio sobre a necessidade de centrar o ensino no aluno. Esta será uma questão consensual. Seja o ensino online, seja presencial. O que é facto é que os estudos continuam a mostrar que esse deve ser o caminho, significando, então, que talvez não seja esse o caminho que ande a ser percorrido. Deste trabalho dos colegas, eu vou destacar não esse aspecto, mas aquele que me parece esteja a faltar para que, de facto, o ensino se centre no aluno. E aqui, fazer, já, uma pequena correcção ao meu próprio discurso. Tenho estado a escrever, como repararam, certamente, ensino em itálico, sempre que insiro o vocábulo na expressão ensino se centre no aluno. Foi propositado, porque me parece que a alteração de perspectiva será efectiva, quando todos, naturalmente, começarmos a escrever e dizer: aprendizagem se centre no aluno. É disso que se trata. Já não existe o professor que sabe e debita, como também já aqui dissemos. Deveria existir o professor que facilitaria a aprendizagem, o professor / tutor. E a questão é saber se também o professor está a valorizar o uso da tecnologia na aprendizagem. Faço aqui referência, em concreto, aos slides que apresentam os resultados das investigações de Alexander e McKenzie (1999) que estudaram "as percepções da tecnologia por parte de estudantes e o valor da tecnologia para a aprendizagem". E um dado que acho curioso é a conclusão de que apesar dos estudantes terem a percepção de que o uso da tecnologia influencia a forma como abordam a aprendizagem; de reconhecerem que a tecnologia facilita a sua relação com os pares não sintam que haja ganhos consideráveis de aprendizagem. Estes aspectos são muito interessantes. E, nestes momentos, em que estou a ler e a tentar perceber a razão destas percepções que envolvem, sem dúvida, questões do foro psicológico, acho que também deveria estar a fazer a uc de PSICOLOGIA E INTERNET. De certeza que me/ nos iria facilitar, pelo menos ajudar a perceber melhor estes fenómenos. E aqui, salto para outro aspecto que me parece pertinente da apresentação: a questão da nova concepção do currículo. Após o slide que introduz esta temática, lemos a seguinte síntese: A Web enquanto ambiente educativo afasta modelos de ensino baseados na transmissão de conteúdos, sendo o aluno a gerar produtos e recursos que podem ser utilizados e partilhados com outros. Sem dúvida, mas a construção desses conteúdos e recursos tem de ter sempre uma origem. E esse será o papel do professor. Para Collins e Moonen (2001), o professor planeia actividades para a máxima participação dos alunos; para Sfaard (1998), o professor é a entidade que facilita e mentor; para Kearsly e Schneiderman o professor [e vou, também, manter a versão inglesa] coaching of project based learning; para Biggs (1999), o professor maximiza a estrutura e promove a auto-direcção. Nós não teríamos produzido estes recursos, nem estaríamos aqui a ter esta discussão se não tivesse havido uma proposta de actividade. Isto é, penso que, e apesar de concordar que a grande mudança resida no facto da aprendizagem passar a ser centrada no aluno, essa perspectiva acaba por só se tornar real se o professor alterar a forma de estar. É ele que tem de promover essa mudança, nas suas práticas. Reconheço que, pela experiência do curso, talvez seja mais fácil acontecer em ambiente, totalmente, online. Digo isto porque, por exemplo, uma colega que está também a frequentar um curso de mestrado noutra Universidade, em regime também online, tem de fazer exames no final de cada semestre. É algo que, apesar dela já me ter explicado vários vezes que acontece para dar mais 'credibilidade' ao processo, eu continuo sem entender. Mais credibilidade como? Creio que a consequência mais directa será mesmo a desvalorização da aprendizagem online. E claro que valoriza a importância da avaliação do professor em detrimento do processo de aprendizagem do aluno.
2ª Participação - No espaço de discussão do trabalho - E-Portefólios - apresentado por Filomena Marques, Maria Leal, Pedro Teixeira e Teresa Rafael.
Segunda, 22 Fevereiro 2010, 03:33
Segunda, 22 Fevereiro 2010, 03:33
Lidos os nossos trabalhos, debati-me sobre a forma como deveria participar na discussão. Sendo o objectivo discutir sobre as modalidades/estratégias, instrumentos e actividades que têm vindo a emergir na literatura sobre avaliação das aprendizagens em contextos de educação/formação online, e sendo o produto do nosso trabalho a análise, precisamente, de alguma da literatura, inicialmente, achei que deveria fazer uma texto onde apresentasse a minha leitura dos três trabalhos. Entretanto, na discussão do trabalho do grupo do José Carlos, Mónica, Paulo e Sandra, houve um aspecto que me chamou a atenção e decidi rever a minha estratégia de participação. Revi os powerpoints e encontrei um elo de ligação entre o Vosso trabalho e o do grupo antes mencionado. Na última parte do trabalho do grupo já referido, faz-se a seguinte afirmação: A avaliação com o uso da Web é mais flexível e adaptável e permite a avaliação contínua. De seguida, são apresentados os e-portfólios que, segundo Kendle e Northhcote (2000), são projectos onde se combinam a avaliação qualitativa e quantitativa, constando-se o progresso dos alunos. E é aqui que entra, na minha óptica, a Vossa apresentação. De acordo com o que percebi da leitura que fiz do Vosso powerpoint, o mesmo está estruturado em duas partes. Numa primeira parte, apresentando o e-portfólio como ferramenta de avaliação de cursos online, recorrendo a várias referências e imagens, definem e-portfólio, apresentam a sua estrutura, enquanto e-portfólio educacional, descrevem o uso e as vantagens, destacando os aspectos do uso multimédia. Numa segunda parte, apresentam os resultados dum estudo de caso. E, neste ponto, destaco a opinião de um dos alunos que registaram no Vosso powerpoint: O e-portfólio foi um grande passo em prol da afirmação do que havíamos aprendido - reuniu alguns dos trabalhos que tínhamos feito durante o curso e obrigou-nos a reflectir e a ligar os objectos de aprendizagem. Essa opinião faz eco, quanto a mim, de uma das referências que podemos encontrar no slide 10: A premissa básica da aprendizagem através do portfólio é a de que a reflexão ao longo do tempo aumenta a capacidade de dar sentido à experiência concreta. A aquisição de competências vem através da reflexão sobre as actividades e produtos que o aluno experimenta e gera num contexto social. (Cambridge & Cambridge, 2003). E fazendo de novo a ligação com o trabalho do José Carlos, Mónica, Paulo e Sandra, parece-me, pelo resultado da análise do Vosso Estudo de caso que o portfólio potencia ser uma ferramenta para a concretização de uma avaliação contínua e qualitativa como aquela que se pretende seja a avaliação com o recurso às tecnologias e, em particular, à Web (uide CAEL, slide final - Conclusões). A terminar, resta-me apenas sublinhar, também, uma das conclusões do Estudo que analisaram: o facto do e-portefólio ser considerado o meio adequado para o processo de avaliação final de um curso em que os objectos de aprendizagem sejam a base do curso.
Segunda, 22 Fevereiro 2010, 04:36
Nesta que tem sido a minha odisseia nocturna de hoje , faltava apenas, para concluir o périplo pelos três trabalhos apresentados, esta última paragem. Começo a ficar já cansada, por isso, provavelmente, serei mais breve que nas anteriores participações, aqui [1ª Participação] e aqui [2ª Participação]. Bom, de qualquer forma, vou tentar manter o fio condutor, deixando, no final, para discussão, uma questão. Tendo começado pela leitura do texto sobre avaliação online, passei para a apresentação do e-portefólio afirmando que, de certa forma, essa apresentação materializava, ou melhor, desenvolvia, um dos processos apresentados no primeiro texto como sendo uma possibilidade de poder avaliar as aprendizagens de forma contínua e qualitativa. No final da minha participação aqui [2ª Participação], destaco o facto de, nas conclusões do estudo, se afirmar que o e-portefólio é considerado o meio adequado para o processo de avaliação final de um curso em que os objectos de aprendizagem sejam a base do curso. A questão que, entretanto, me surgiu foi: e se o curso tiver como base a discussão em Fóruns? Não poderá o e-portfólio funcionar, também, como meio adequado para o processo de avaliação final do curso?
Depois da questão levantada, três colegas participaram, no sentido, de concordarem que um ePortefólio poderá, também, reunir o resultado das participações dos alunos, em fóruns.
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