terça-feira, 23 de outubro de 2007

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2007-10-23 - 19:34:00

Diferenças de sete valores

Discrepâncias entre notas internas e exames



Todas as escolas públicas e privadas atribuíram aos seus alunos notas mais altas no final do ano lectivo do que estes conseguiram nos exames nacionais, havendo discrepâncias de sete valores.

O caso mais evidente de disparidade regista-se na escola secundária de Infias, em Vizela, em que a classificação interna de frequência foi de 14,82 valores, enquanto a média dos alunos nos exames não foi além dos 7,62 valores.

Entre as dez escolas que registam maiores diferenças entre as duas notas, cinco são públicas e as outras privadas.

No geral, é nas instituições privadas que se verifica maior semelhança entre a avaliação contínua e os resultados obtidos nas provas.

Em contraponto, no Colégio de Nossa Senhora da Boavista, em Vila Real, a diferença entre as duas classificações é de apenas 0,53 valores.


Daqui.

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É claro que todas as Escolas, públicas ou privadas, atribuíram notas mais altas aos alunos, no final do Ano, comparativamente com os resultados obtidos nos Exames. Mal seria se fosse ao contrário: os alunos nos Exames resolvem apenas um teste escrito. Nos Exames, os alunos são classificados. Na nota da Escola, os alunos são avaliados.

Portanto este aspecto que, afinal, é o que faz a notícia, não é notícia.

Outro aspecto, também gritante, nesta suposta notícia é a total ausência de imparcialidade nesta frase:

Entre as dez escolas que registam maiores diferenças entre as duas notas, cinco são públicas e as outras privadas.

Que requinte de malvadez de quem redigiu este informação!

Se são dez escolas as que registam maiores diferenças, o jornalista deveria ter salientado o equilíbrio, uma vez que se registaram maiores diferenças em cinco escolas privadas e em cinco públicas. Lendo a notícia como ela está escrita, fica, apenas, na memória, que eram cinco as escolas públicas. E, obviamente, ninguém vai querer saber quantas eram as outras...
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