Depois de tanta coisa aprendida e, mais importante, apreendida durante o 1º Semestre do Curso de Mestrado em Pedagogia do ELearning da Universidade Aberta, aquando do início da preparação do Ano Lectivo 2009/10, em Setembro (2009), comecei a olhar para o futuro com olhos digitais. E decidi que os alunos das turmas que me fossem atribuídas iriam usufruir dessas minhas aprendizagens.
Conversei com o Director do Agrupamento, Professor Pedro Damião, e perguntei se seria possível, na elaboração do horário, disponibilizarem-me sempre a mesma sala. Outra condição necessária seria a garantia de poder requisitar cinco computadores portáteis para todas as aulas. Por fim, o acesso à Internet na sala de aula.
Tive as garantias de que necessitava. E o processo já tinha começado.
Sempre que falo deste Projecto, para o caracterizar em termos gerais, digo: Neste ano, aboli o papel da sala de aula.
É claro que esta frase é hiperbólica. O papel ainda existe, não só porque há um manual adoptado e que foi adquirido pelos alunos, mas porque a maioria das aprendizagens e hábitos de estudo dos alunos passa, ainda, por esse suporte.
Recorrendo à Plataforma Moodle, num regime que se aproximará do b-learning, o 1º Período decorreu. E fazendo o balanço, julgo que seja bastante positivo.
Neste post, não irei descrever ao pormenor todo o processo. Deixarei esse registo para um momento mais reflexivo. Provavelmente, no final do Ano Lectivo.
No entanto, observar cinco a seis grupos de alunos a trabalhar, de facto, em sala de aula , todos os dias, a agir, no preciso momento em que estão a aprender. Vê-los a construir o seu próprio conhecimento em simultâneo com os colegas, revelando uma autonomia e responsabilidade que não lhes conhecia, obrigou-me a partilhar esta incipiente experiência. A utilização do computador com acesso à Web 2.0 liberta-os para fazer.
São alunos do 8º e 9º Anos.
Lentamente, começam a trazer os seus próprios portáteis para a sala de aula. Na última aula de hoje, numa turma de 22 alunos, dos cinco computadores da Escola, apenas tiveram de ser usados dois. Os restantes 11 eram dos alunos, parte deles adquiridos através do Programa e-escola.
Sou professora de Língua Portuguesa do 3º Ciclo.
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