sábado, 29 de junho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Os professores e as 40 horas
É
aceite por todos, inclusive pela tutela, que os professores já fazem
por semana muitas vezes mais de 40 horas*. Portanto, as 40 horas já são
feitas.
Logo, os professores têm sido exceção e mão de obra barata porque esse trabalho não tem sido pago sequer como horas extraordinárias.
Portanto, tudo o que se possa dizer que contrarie essa ideia é pura especulação com sabor a cenoura que os professores, representados pelos sindicatos à mesa das negociações não devem "papar". Logo, Hélder Rosalino parte de um pressuposto falso, devendo as suas declarações ser consideradas destituídas de qualquer fundamento.
*Nuno Crato referiu-se ainda ao processo negocial em curso do aumento do horário de trabalho na Função Pública para 40 horas semanais, afirmando que "os professores na realidade trabalham já 40 horas e muitos trabalham muito mais do que as 40 horas".
Logo, os professores têm sido exceção e mão de obra barata porque esse trabalho não tem sido pago sequer como horas extraordinárias.
Portanto, tudo o que se possa dizer que contrarie essa ideia é pura especulação com sabor a cenoura que os professores, representados pelos sindicatos à mesa das negociações não devem "papar". Logo, Hélder Rosalino parte de um pressuposto falso, devendo as suas declarações ser consideradas destituídas de qualquer fundamento.
*Nuno Crato referiu-se ainda ao processo negocial em curso do aumento do horário de trabalho na Função Pública para 40 horas semanais, afirmando que "os professores na realidade trabalham já 40 horas e muitos trabalham muito mais do que as 40 horas".
domingo, 23 de junho de 2013
A segurança social é sustentável
Transcrevendo
"Este país não é para velhos, porque não é para novos. E esta é a chave das explicação da sustentabilidade da Segurança Social."
(...)
"O
Maio de 68 foi feito por pessoas de 18 anos e o 25 de Abril também e eu
não sei onde estão os nossos jovens de 18 anos."
(...)
"A
grande novidade (...) é o papel dos reformados na nossa sociedade. Esta
também é uma novidade histórica. Era um sujeito social que não era
contabilizado por nós. Nós quando estudamos conflitos sociais, estudamos
o movimento operário, estudamos o movimento ecologista, estudamos o
movimento feminista, estudamos o movimento estudantil. Nós não estudamos
os movimentos de reformados. E a grande novidade agora é que vamos ter
de estudar o movimentos de reformados, porque eles apareceram
organizadamente, com impacto político, cheios de força, (...) isto tem a
ver com a memória da revolução. (...) Quem tem 60, 65 ou 70 anos está
na plenitude da sua vida. Quer descansar e não pode porque vê as suas
reformas cortadas. Mas já não é aquele reformado típico que aparece na
televisão que adoram colocar, que é o senhor que está no largo com 90 e
tal anos."
(...)
"No
Brasil não há estado social. O que é que é o estado social no Brasil? É
a solidariedade interfamiliar. O que é que isso faz? Um grande respeito
pelos mais velhos. Que em Portugal se tem perdido e se perdeu em grande
medida, porque essa responsabilidade foi colocada nas mãos do estado e
isso tem tido como contrapartida também, e infelizmente, um crescente
desrespeito pelos mais velhos..."
(...)
"Não há terceira idade: ou se está vivo ou se está morto."(Citando Jô Soares).
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A propósito do que Miguel Sousa Tavares (disse) escreveu
"Sigo a vida política há 30 anos e nunca vi os
sindicatos a não hostilizarem um ministro da Educação", disse. "Percebo
que sejam contra as medidas anunciadas mas tudo isto está previsto para
toda a função pública"., escreveu Miguel Sousa Tavares aqui.
Portanto, que se calem os funcionários públicos. Que se deixem maltratar, escravizar. Qualquer dia ouvimo-lo a dizer qualquer coisa como isto:
Façam-se campos específicos para os trabalhadores do estado. Chegados a esses campos, os funcionários devem ser divididos em dois grupos: aqueles que forem demasiado fracos para trabalhar, serão imediatamente assassinados em câmaras de gás e seus corpos serão queimados. Os que ainda forem capazes de trabalhar, primeiro, serão usados como escravos em fábricas e empresas industriais localizadas nas proximidades do campo.*
Portanto, que se calem os funcionários públicos. Que se deixem maltratar, escravizar. Qualquer dia ouvimo-lo a dizer qualquer coisa como isto:
Façam-se campos específicos para os trabalhadores do estado. Chegados a esses campos, os funcionários devem ser divididos em dois grupos: aqueles que forem demasiado fracos para trabalhar, serão imediatamente assassinados em câmaras de gás e seus corpos serão queimados. Os que ainda forem capazes de trabalhar, primeiro, serão usados como escravos em fábricas e empresas industriais localizadas nas proximidades do campo.*
*Este hipotético discurso foi feito com base em conteúdo selecionado daqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto
A propósito do que Henrique Monteiro escreveu
"(...)Este é o discurso do gajo porreiro, não
diz absolutamente nada de concreto, muito menos de que vamos e como
vamos viver. Mas anima muito as hostes, porque o sonho - dizem - é tudo e
está extraordinariamente em voga em qualquer manifestação perto de nós.
Para os pessimistas (ou realistas) como eu, para aqueles que têm a certeza de que ainda são preciso sacrifícios, não há quem aplauda. Pelo contrário, somos uns reacionários e uns desmancha-prazeres.(...), escreve Henrique Monteiro aqui.
Para os pessimistas (ou realistas) como eu, para aqueles que têm a certeza de que ainda são preciso sacrifícios, não há quem aplauda. Pelo contrário, somos uns reacionários e uns desmancha-prazeres.(...), escreve Henrique Monteiro aqui.
Porque não sonha, é triste, cinzento, pobre de espírito tal como os textos que escreve. Critica nos outros aquele que ele próprio faz. O que dizem as suas crónicas que permitam ajudar a resolver a crise? Nada. É um maldizente.
A propósito do que disse Hugo Soares, líder da JSD
(...)"Numa altura em que a greve teve um impacto demasiado grande na vida dos alunos, queremos saber quanto é que custam aos portugueses os sindicatos da Educação. Num momento em que todos os portugueses fazem sacrifícios, temos de reduzir a despesa do Estado, temos de saber quanto é que custam, quanto é que foi transferido para os sindicatos", disse Hugo Soares, líder da JSD, em declarações aos jornalistas no Parlamento.(...)
Estas declarações, sem qualquer tipo de ironia ou outro sentido figurado, são bestiais!
A propósito do que Henrique Raposo escreveu
" Os governos sucedem-se, mas a Fenprof está lá sempre." , escreve Henrique Raposo, aqui. - Claro que é assim. Esta constatação só revela ignorância.
E Graças a Deus que é assim, ou seja, graças à democracia. Seria o terror se, mesmo com eleições, tivéssemos de continuar a aturar o atual ministro da educação. Os ministros da educação só costumam passam pela 5 de outubro. Nós, os professores estamos sempre. E esta é a razão pela qual a Fenprof está lá sempre: a Fenprof é a maior federação sindical de professores do país. Logo, enquanto existirem professores em Portugal, estará lá sempre.
E Graças a Deus que é assim, ou seja, graças à democracia. Seria o terror se, mesmo com eleições, tivéssemos de continuar a aturar o atual ministro da educação. Os ministros da educação só costumam passam pela 5 de outubro. Nós, os professores estamos sempre. E esta é a razão pela qual a Fenprof está lá sempre: a Fenprof é a maior federação sindical de professores do país. Logo, enquanto existirem professores em Portugal, estará lá sempre.
sábado, 15 de junho de 2013
Porque é preciso ser gente.
Esta Gente / Essa Gente*
O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente
Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente
Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente
Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente
O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente
Essa gente dominada por essa gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente
NENHUMA!
A gente
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente
Ana Hatherly, in "Um Calculador de Improbabilidades"
sexta-feira, 14 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
Sobre a leitura...
"Por exemplo, os nossos avós, muitos deles não sabem ler nem escrever. Isso é como se nos faltasse uma parte de nós. Sem a leitura, falta-nos o prazer e a riqueza de perceber os nosso tempos atuais." - Ora, deve ser por essa razão que querem acabar com a escola pública. Quem escreveu isto foi um aluno da escola pública.
E, por sugestão da amiga Ana, adiciono ao post A Gente não lê, de Rui Veloso.
domingo, 2 de junho de 2013
O direito à greve
Em conversa no Facebook, a minha amiga Ana Rodrigues Martins citou o texto que a seguir transcrevo sobre o conceito de greve.
Numa altura em que muitos se interrogam sobre a eficácia deste instrumento da luta convém ler, ficar esclarecido. Discutir o assunto.
Aqui fica, então o início do texto:
"A
greve, porque provoca uma alteração no cotidiano, gera as mais diversas
reações de contrariedade, sobretudo daqueles que, de certo modo, são
atingidos por ela.
Boa parte da inteligência humana, por conseguinte, durante muito tempo foi voltada para limitar o exercício da greve. Com o necessário aprimoramento da estrutura democrática, chegou-se à concepção da greve como um direito dos trabalhadores. Mas, a mera consideração da greve como direito não é suficiente para que se compreenda a importância e o alcance social da greve, causando-lhe limites indevidos.
Não que direitos não possam ter limites, mas no caso da greve os limites impostos podem gerar a conseqüência paradoxal de impedir-lhe o efetivo exercício. O direito de greve, assim, pode ser negado pelo próprio direito.
A bem compreender, a greve não é um modo de solução de conflitos e sim uma forma pacífica de expressão do próprio conflito. Trata-se de um instrumento de pressão, legitimamente utilizado pelos empregados para a defesa de seus interesses.
Em uma democracia deve-se abarcar a possibilidade concreta de que os membros da sociedade, nos seus diversos segmentos, possam se organizar para serem ouvidos. A greve, sendo modo de expressão dos trabalhadores, é um mecanismo necessário para que a democracia atinja às relações de trabalho."
Boa parte da inteligência humana, por conseguinte, durante muito tempo foi voltada para limitar o exercício da greve. Com o necessário aprimoramento da estrutura democrática, chegou-se à concepção da greve como um direito dos trabalhadores. Mas, a mera consideração da greve como direito não é suficiente para que se compreenda a importância e o alcance social da greve, causando-lhe limites indevidos.
Não que direitos não possam ter limites, mas no caso da greve os limites impostos podem gerar a conseqüência paradoxal de impedir-lhe o efetivo exercício. O direito de greve, assim, pode ser negado pelo próprio direito.
A bem compreender, a greve não é um modo de solução de conflitos e sim uma forma pacífica de expressão do próprio conflito. Trata-se de um instrumento de pressão, legitimamente utilizado pelos empregados para a defesa de seus interesses.
Em uma democracia deve-se abarcar a possibilidade concreta de que os membros da sociedade, nos seus diversos segmentos, possam se organizar para serem ouvidos. A greve, sendo modo de expressão dos trabalhadores, é um mecanismo necessário para que a democracia atinja às relações de trabalho."
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