Fiz na respetiva página do Município da Lourinhã, no Facebook, um comentário a propósito do evento "Livros Oeste". Houve reação. Transcrevo essa troca de palavras para memória futura muito mais fácil de etiquetar aqui do que só na rede social do Facebook:
O meu comentário inicial:
"gosto desta "festa" de livros. é quase uma semana em que os livros estão sempre presentes. e estão vivos porque tudo se faz com eles e/ou a partir deles ou, ainda, por causa deles. a coabitação perfeita! acredito que irá, porque já está, a criar gerações de leitores diferentes e distintos. gostei da alteração para "festival do leitor".
muito obrigado pelo seu feedback! Que bom que gostou e que vê neste evento uma porta para gerações mais informadas e com menores níveis de iliteracia!
O meu comentário final:
Município da Lourinhã, esta "nossa conversa" daria para um texto de opinião muito interessante e, quiçá, pertinente, sobre a forma como no Munícipio da Lourinhã se tem promovido a leitura. A metáfora da porta como portal de acesso ao conhecimento da leitura é, como sabe, uma das estratégias mais antigas, por exemplo, do Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente. Desenvolvemos um projeto de leitura (transversal e horizontal) há quase 20 vinte anos. Portanto, não é estranho que pelas atividades promovidas pelo Festival veja muitas vezes, quase sempre, ex-alunos. Pessoas, já adultas, com vidas profissionais ativas, que participam. Estão presentes. Ouvem o que se diz sobre os livros. Alguns levam já os filhos ainda crianças e jovens. Outros participam de forma mais ativa. Por exemplo, no ano passado, dois dos vencedores no escalão de não alunos, do Concurso de contos, foram alunos na Escola EB 2,3 Dr. João das Regras. Foram também da Escola Dr. João das Regras as únicas concorrentes no primeiro ano que esse concurso existiu. E quase todos os anos, sem mesmo em todos, há sempre um aluno da Escola Dr. João das Regras, sede do AEDLV, que ganha um dos prémios. E tem acontecido que, já na secundária, vão ganhando alunos que aprenderam o gosto da leitura e escrita no AEDLV. Assim, o Munícipio da Lourinhã está, sem dúvida, a fazer um excelente trabalho, aproveitando aquilo que melhor se faz, certamente, nos dois agrupamentos de escolas para que o gosto pela leitura, pelos livros, pelo prazer de ler continue a ser promovido de geração em geração. Ou seja, haver um evento que todos os anos sublinhe a importância da leitura na sua dimensão, quanto a mim, mais necessária, aprender a gostar de ler, é extraordinário. Acima de tudo, como escrevi no meu comentário inicial, acredito que este evento, o Festival no seu todo, "irá, porque já está, a criar gerações de leitores diferentes e distintos." E isto porque acontece numa vila onde nas escolas se valoriza, efetivamente, a leitura. De facto, eu não dei relevância nem à informação nem aos níveis de iliteracia. Naturalmente que, num evento com estas características, esses aspetos estão sempre presentes. Estamos a falar de um evento cultural. Mas, sinceramente, creio que o que distingue este Festival é a promoção do gosto pela leitura. O prazer de ler. O apreço pelas palavras ditas e escritas. Em cada uma das sessões pensadas esses ingredientes estão sempre presentes. As pessoas que ouvimos falar fazem-nos sentir que gostam mesmos das palavras escritas e ditas. E, mais, gostam de as dizer, de as pensar, de as escrever, desenhar, mimar, cantar e partilhar. Creio mesmo que o que este festival mais promove é o livre pensamento crítico com muita criatividade à mistura. Portanto, de novo, está de parabéns o Município da Lourinhã, sim, mas também o responsável pelo programa de todos os Festivais, João Morales!
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