Enquanto professora de português, digo muitas vezes aos alunos que na comunicação oral todo o processo seria muito fácil se as pessoas, quando abrissem a boca, soubessem porque e com que intenção o faziam.
Afinal, as hipóteses são apenas quatro, com pequenas variantes:
Afinal, as hipóteses são apenas quatro, com pequenas variantes:
- Fala-se porque se pretende informar, declarar e constroem-se frases de tipo declarativo;
- Fala-se porque há emoções a partilhar e dizem-se frases de tipo exclamativo;
- Fala-se porque há conselhos, ordens, pedidos a dar e fazer, soltando-se frases de tipo imperativo;
- Fala-se porque se tem dúvidas, se pretendem informações e a pergunta é acontece (frases de tipo interrogativo).
Outro aspeto essencial, e que refiro, é o facto de devermos usar a seguinte regência, no uso do verbo falar: falarmos com. Ou seja, quando se fala deveria ser sempre com alguém.
Afinal, só assim é que a comunicação pode existir.
Afinal, só assim é que a comunicação pode existir.
No fim dessas minhas preleções enquanto professora, concluo, apelando à reflexão: não acham que se todos falássemos assim, uns com os outros e com a certeza da razão ou emoção que nos leva a abrir a boca, mais de metade dos desentendimentos desapareceriam?
Fico, muitas vezes, com a sensação, pela expressão facial deles, que aquela é a primeira vez que alguém lhes diz aquilo. Outros olham para mim como se eu fosse de outro planeta. E, claro, há sempre um grupo que olha mas não está a "ver".
E vem isto a propósito do facto de ter encontrado por aí a foto, em cima, e que enriquece estas palavras. Sim, não é mero adorno das minhas palavras.
Quanto dei com esta imagem do atual ministro da educação, perguntei-me: para quem falaria o senhor ministro da educação, naquele momento... Certamente, com ninguém que estivesse na plateia. Se calhar até estava sozinho... Ou, então, falava para os professores.
Com Deus não seria, certamente.
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