quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Hoje recebi uma carta...

Sim, é verdade. Hoje recebi uma carta com uma espécie de aviso... Não de recepção. Não. E foi uma carta daquelas que se usavam muito dantes: de papel.
Está bem, eu vou contar:
Ia a caminho da escola. A pé. Serão as vantagens de morar na província: basta sair de casa cinco minutos antes do toque de entrada soar. E como estava a dizer, ia a caminho da escola, quando vi uma das alunas da turma onde deveria estar a dar aulas dali a 5 minutos, no passeio, já perto da escola.Cumprimentámo-nos e eu segui. Estranhei que a aluna ali estivesse, mas como não me apercebi que quisesse explicar o que quer que fosse, continuei o meu caminho. Já teria dado aí cerca de dez passos, quando ouvi atrás de mim: "Professora..." Parei, virei-me para trás e a aluna disse: "Professora, não vou à sua aula. Estou mal disposta, mas deixei no PBX uma carta para si." 
E eu pensei: "Uma carta..."
Desejei-lhe as melhoras e continuei o meu caminho. De repente apercebi-me de que estava a sorrir. Uma carta. Realmente, quando menos esperamos, acontecem coisas destas que nos fazem sorrir. E isso é muito bom!
Essa aluna está no 7ºAno e estamos a trabalhar, entre outros conteúdos, a carta. Falámos da sua função, da tipologia e discutimos o facto de hoje em dia as pessoas raramente usarem cartas para comunicar entre si. Verificámos que na turma poucos tinham sido aqueles que já tinham escrito uma carta. E mesmo os que o fizeram, tinha sido há muito tempo.
Uma das actividades que costumo propor, quando estudamos a carta, é a troca de correspondência durante um período de tempo entre os vários alunos da turma. Formam-se pares e, depois, durante cerca de quatro semanas vão trocando correspondência. Costuma ser uma actividade que os motiva e deixa interessados, de alguma forma, pela comunicação escrita.
Hoje, eu recebi também uma carta! E há que tempos que não recebia uma carta...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Uma história fictícia do/no país dos Magalhães

Era uma vez um patrão que quis inovar. Chegou, numa manhã, ao escritório e disse: "A partir de hoje todos têm de ter Internet em casa para criarem uma conta de mail e assim passam a  estar informados, sempre que me apeteça, mesmo quando estão em casa e não estão em horário de trabalho,  sobre as ordens que eu vou dando e das coisas que eu quero que vocês vejam porque sim."
E diz um empregado: "Não quero ter Internet em casa. Mas se o Senhor me atribuir uma conta eu acedo aqui no trabalho. "
 
Respondeu o patrão: "Está calado, eu estou a fazer isto porque acho que todos querem ser informados. Com isso só estás a chatear e eu não estou para te aturar.  Para te atribuir uma conta, tinha de fazer um contrato com uma empresa para todos os empregados e eu não estou para gastar esse dinheiro nem estou para perder mais tempo contigo."
 --------------------------------
Observação: 
Esta história é fictícia, mas baseada em factos reais. Hoje optei pelo humor.
.
.