Mãe faz espera e agride docente
...mas a mãe não gostou e decidiu tirar satisfações. Abordou a docente, de 41 anos, na sexta-feira, nas imediações da escola. "O que é que tem contra a minha filha?", perguntou-lhe. A professora ainda tentou acalmar a mulher, convidando-a a dirigir-se à escola para conversarem, mas a mãe da aluna "desferiu-lhe um murro no olho direito que lhe provocou um hematoma", disse ontem a PSP. "Esborracho-te a cara toda", ameaçou ainda.
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Pois. E o problema aconteceu, porque a professora tentou acalmar a mulher e ainda a convidou para se dirigir à escola e conversar...
Seria importante que, de uma vez por todas, se interiorizasse que ser professor não é dar aulas. Não é participar em actividades voluntário-solidárias.
Ser professor é exercer uma actividade profissional com direitos e obrigações.
Já agora, assim que li esta notícia, pensei: "Esta foi feita para mim". Isto porque, há uma semana, uma encarregada de educação também foi à escola para falar comigo. E a Escola, o Órgão de Gestão, permitiu que a senhora me abordasse.
Claro que a senhora não falou comigo. Recusei-me.
E onde esteve o erro? Na negligência por parte do Órgão de Gestão que nunca criou mecanismos organizativos que impedissem tal situação.
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Pois. E o problema aconteceu, porque a professora tentou acalmar a mulher e ainda a convidou para se dirigir à escola e conversar...
- A mãe não pode abordar um professor dentro da Escola. Compete à escola, nomeadamente ao Órgão de Gestão, criar condições para que isso não aconteça por forma a que os professores que lá trabalhem não estejam sujeitos a situações destas;
- Sendo abordada na rua, a professora deveria ter agido como cidadã e recorrer de imediato às forças de Segurança Pública;
- A atitude paternalista da professora tentando, com palavras, resolver uma situação que inicia com agressividade verbal, é o mais anti-profissional possível. A professora deveria simplesmente ter dito à mãe que não falava com ela, ou, pura e simplesmente, ter-lhe voltado a cara. Um professor dum Conselho de Turma não tem a obrigação de falar com os Encarregados de Educação. Apenas o Director de Turma tem essa obrigação e, mesmo assim, devidamente calendarizada.
Seria importante que, de uma vez por todas, se interiorizasse que ser professor não é dar aulas. Não é participar em actividades voluntário-solidárias.
Ser professor é exercer uma actividade profissional com direitos e obrigações.
Já agora, assim que li esta notícia, pensei: "Esta foi feita para mim". Isto porque, há uma semana, uma encarregada de educação também foi à escola para falar comigo. E a Escola, o Órgão de Gestão, permitiu que a senhora me abordasse.
Claro que a senhora não falou comigo. Recusei-me.
E onde esteve o erro? Na negligência por parte do Órgão de Gestão que nunca criou mecanismos organizativos que impedissem tal situação.
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1 comentário:
É isso. Fora da escola, e da forma como aconteceu, é um caso de polícia.
Quanto a ti, fizeste muito bem ao recusar. Podias ter aceitado falar com a pessoa, mas apenas se quisesses. E, havendo mecanismos de diálogo criados (Director de Turma), serão para respeitar - a menos que o professor em causa (e não o Órgão de Gestão) permita a conversa.
Bom fim de semana!
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