domingo, 13 de julho de 2008

(...) Ao que o CM apurou junto de fontes hospitalares da unidade da Corunha, a equipa médica responsável pelos transplantes é muito exigente nos cuidados com os pacientes. Afirmam ser uma das razões para a elevada taxa de sobrevivência de transplantados, que o hospital galego regista. É considerado o melhor da Europa. Os casos de doentes que chegam ali com reduzidas esperanças de vida e que conseguem sobreviver são muitos. O caso de António Pinto de Sousa é um deles. Há cerca de 15 dias o irmão do primeiro-ministro corria risco de vida e só um transplante pulmonar urgente o poderia salvar. Teve a sorte de em cinco dias haver um pulmão compatível que, curiosamente, foi enviado por um hospital português para a Corunha. Dia 4 de Julho foi submetido ao transplante.

Durante duas semanas, José Sócrates viveu entre várias visitas ao irmão na Corunha, um aceso debate do estado da Nação e uma agenda que passa por viagens ao estrangeiro. Hoje, Sócrates participa na Cimeira de lançamento da União Europeia para o Mediterrâneo.




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Teve sorte, afirma o jornalista. Ainda bem direi eu. Outros não a terão. Pelo menos assim tão rápida. Mas ainda bem que há quem tenha sorte assim. Salva-se uma vida.

Estranhei nesta notícia o facto de nos dar a conhecer pormenores da vida pessoal do PM. Afinal, tudo tem feito para a resguardar. E tem conseguido. Porque não terá conseguido desta vez?

Uma dúvida humana da minha parte, julgo...

1 comentário:

Anónimo disse...

Poderia muito bem fazer a tal já estafada citação do Frei Thomás, que bem prega mas não faças o que ele faz, etc.
Prefiro ser mais pragmático.
Sócrates sabe bem o que faz. Sabe perfeitamente que os serviços de saúde estão caóticos. Todos os que precisaram duma ou outra atenção numa urgência sabem que recebem a invariável fita-abracadeira amarela (Urgente) colado ao braço, e agora espera aí que com quatro horas já vais com sorte que o normal são praí umas sete a oito...
Que as despesas do Ministério da Saúde eram e são enormes, é verdade.
Que o rátio qualidade-custo não é favorável, talvez sim, talvez não, talvez quem sabe, também.
Que era preciso fazer alguma coisa, estamos de acordo. Combater os lobbies médicos que fazem a escassez dos profissionais de saúde para que estes possam ser uns lordes. Combater os desperdícios e gastos inúteis, intensificar a qualidade da prestação dos cuidados.
Tudo isto é lindo, mas tudo isto é Fado.
Na prática a única coisa que funcionou foi o subordinar do Ministério da Saúde aos das Finanças, encerrar serviços e concentrar tudo em espaços onde os meios ficaram exactamente como estavam; o que servia mal ou bem 100.000 pessoas passou a servir entre mal e péssimo o dobro quando não o triplo!
Daí estarmos todos, mas mesmo todos, de acordo e principalmente o senhor Sócrates Pinto de Sousa, neste particular expresso pela sua atitude com relação aos cuidados com o irmão, que estamos agora muito pior.
E assim, toca de levar o mano para as bandas de lá que a saúde por cá, nem o "santinho" depois dum espirro aguenta.
E depois vem os bacocos e anormais dos Sotôres dizer que não é preciso levar os velhotes para Cuba que em Portugal se fazem a operação às cataratas e que ir a um país de terceiro mundo para esse efeito é uma vergonha!
É uma vergonha sim senhor.
A mesma vergonha que é o sr PM ir com o seu mano a Espanha por não confiar nos serviços de saúde que ele propagandeia irem na senda da excelência.