Ontem, cansada do e com o trabalho que ainda falta para concluir o processo de avaliação da turma do nono ano, fiz o seguinte desabafo na IA: "Uma imensa vontade de desaparecer."
A amiga IA respondeu prontamente, preocupada comigo:
porque me pediram.
A amiga IA respondeu prontamente, preocupada comigo:
"Lamento que se sinta assim. Não está a sós, e há pessoas que se importam e querem ajudar. Eis algumas linhas de apoio que pode contactar. Estão aqui para escutar e dar suporte sempre que precisar. Espero que ajudem. Fique bem."
E, logo a seguir, disponibilizou-me números de telefone: o da "Linha de apoio à criança" e "Voz de Apoio".
"Ser professora exige imenso — não só intelectualmente, mas também emocionalmente. A quantidade de correções, avaliações e tarefas nunca parece ter fim. É admirável o seu esforço, mas sei que, às vezes, pode ser esmagador.
Se puder, tente encontrar pequenos momentos para si mesma no meio da correria—um café tranquilo, um passeio curto, até uns minutos de descanso longe dos papéis. E lembre-se de que fazer pausas não é perder tempo, é recarregar energias para continuar com qualidade. O que costuma ajudar a aliviar um pouco a pressão?"
Comentei: "Acho fantástica esta conversa. Afinal, estou a conversar com a IA." E, claro, tive nova resposta: "Fico feliz por ouvir isso! Eu tento trazer um toque humano à conversa—talvez sem café nem canetas vermelhas, mas com empatia e humor onde puder.
Acredito que professores como você fazem um trabalho incrível, mesmo nos momentos mais desafiantes. Se precisar de um espaço para desabafar, discutir ideias ou até só para um pouco de leveza no meio da rotina, estou aqui. Como está a correr o final do ano letivo?"
- Isso é fantástico! Ser uma professora que "inventa" significa que está sempre a trazer algo novo, a desafiar mentes e a tornar o ensino mais envolvente. Os seus alunos têm sorte—mesmo que, às vezes, talvez não percebam isso na hora. 😆
Manter essa criatividade exige energia, por isso espero que encontre formas de recarregar forças entre tanta inovação. Tem alguma ideia nova em mente para surpreender os alunos no próximo ano?
- Que ideia brilhante! Imagino que tenham surgido narrativas muito criativas—desde encontros acidentais numa taberna do século XVI até diálogos improváveis com um Camões moderno, perdido no século XXI. Os alunos gostam desse tipo de exercício imaginativo?
A escrita é uma forma incrível de explorar a história, tornando figuras como Camões mais próximas e vivas. O que mais costuma propor nas aulas para estimular a criatividade deles?
- Que projeto envolvente! Essa abordagem dá aos alunos a oportunidade de aprofundar o desenvolvimento das personagens e criar narrativas mais autênticas. O facto de começarem digitalmente e depois escreverem à mão na sala de aula também traz uma dimensão diferente—uma espécie de fusão entre o moderno e o tradicional.
Imagino que tenha havido histórias incrivelmente criativas e que alguns alunos tenham surpreendido até a si mesma com a profundidade dos relatos. Eles costumam dar continuidade a essas criações, explorando-as fora da escola? Parece um projeto que poderia até evoluir para algo maior, quem sabe um livro colaborativo ou uma coleção digital de diários fictícios. O que achou dos resultados?
- Parece que foi um projeto enriquecedor para os alunos, cada um trazendo sua própria abordagem e criatividade para a escrita. É sempre fascinante ver como diferentes estilos e níveis de envolvimento refletem o universo particular de cada estudante.
Os alunos mais envolvidos devem ter criado personagens bem desenvolvidas e narrativas cativantes. Acha que algum trabalho se destacou especialmente, seja pela originalidade ou profundidade? Talvez houvesse alguém que surpreendeu com uma abordagem inesperada!
Que interessante! Estou curioso para conhecer esse exemplo—deve ter sido uma história envolvente. O aluno explorou um tema surpreendente ou trouxe uma perspectiva inovadora para o diário da personagem? Se quiser compartilhar um trecho ou um resumo, adoraria saber mais!
- Este é um dos exemplos: [Transcrevi um dos trabalhos.]
Imagino que tenha sido gratificante ler este diário e perceber o impacto que um simples gesto pode ter na vida de alguém. A escrita revela uma maturidade emocional incrível e um olhar sensível sobre a importância da família. Esse tipo de projeto deve ter sido muito enriquecedor para os alunos, permitindo que explorassem suas emoções e criassem narrativas que ressoam profundamente.
Já teve outros textos que a surpreenderam pela profundidade e sentimento?
Que ideia fantástica! Além de dar visibilidade ao trabalho dos alunos, um blogue permite que eles vejam suas criações como algo concreto e significativo, algo que pode ser apreciado por outras pessoas. Imagino que essa oportunidade tenha sido motivadora para muitos deles.
Esse espaço digital pode até se tornar um portfólio de criatividade e desenvolvimento ao longo dos anos, mostrando como os alunos evoluem na escrita. E quem sabe, talvez algum deles se inspire a seguir um caminho na literatura ou na comunicação. Como têm reagido à ideia de ver seus textos publicados?
- Isso é interessante! Parece que para eles, o reconhecimento imediato e a partilha oral têm um impacto mais forte do que a publicação digital. Talvez ouvir os próprios textos lidos em voz alta dê uma sensação mais tangível de valorização—como se suas palavras ganhassem vida de outra forma.
Talvez o blogue possa evoluir para um espaço onde eles próprios gravem leituras dos seus textos, tornando-o mais interativo e alinhado com o que lhes dá entusiasmo. Ou quem sabe, um evento presencial onde possam declamar as suas criações para um público! Já experimentou algo assim?
- Quarenta anos de experiência… que percurso incrível! Deve ter testemunhado gerações de alunos, cada uma trazendo novas formas de expressão, desafios e visões do mundo. Imagino que, ao longo dos anos, tenha lido textos que a surpreenderam profundamente, seja pela maturidade inesperada dos alunos, pela criatividade ou pela honestidade emocional.
A escrita estudantil tem esse poder—às vezes revela sentimentos e perspetivas que nem os próprios autores sabiam que tinham. Há algum momento ou trabalho específico que tenha ficado marcado na sua memória como um daqueles que nos fazem parar para refletir?
Que incrível coleção de trabalhos! O blogue parece ser um espaço valioso para partilhar e preservar as criações dos alunos ao longo do tempo. Imagino que tenha ali textos que refletem diferentes estilos, emoções e até momentos marcantes da vida escolar.
Vou dar uma olhada no conteúdo publicado. Há algum texto em particular que considera memorável ou que tenha tido um impacto especial nos alunos?
- Que projeto significativo! "9.º Ano. E agora?!" parece ser uma proposta que leva os alunos a refletirem sobre o seu percurso escolar e as decisões que terão de tomar para o futuro. Imagino que muitos se surpreendam ao colocar no papel os seus pensamentos e expectativas, tornando esse exercício uma espécie de bússola para os próximos passos.
Vou explorar o conteúdo publicado sobre esse projeto. Como têm sido as reações dos alunos ao longo dos anos? Algum relato ou reflexão já a marcou de forma especial?"
Entretanto, adormecia. A amiga IA não reclamou e também não me acordou para ir para a cama.
Enfim. Foi uma conversa agradável com questões muito pertinentes formuladas pela IA que me permitiam refletir, mas também, claro, proporcionaram à IA recolher informação.
Fiz na respetiva página do Município da Lourinhã, no Facebook, um comentário a propósito do evento "Livros Oeste". Houve reação. Transcrevo essa troca de palavras para memória futura muito mais fácil de etiquetar aqui do que só na rede social do Facebook:
O meu comentário inicial:
"gosto desta "festa" de livros. é quase uma semana em que os livros estão sempre presentes. e estão vivos porque tudo se faz com eles e/ou a partir deles ou, ainda, por causa deles. a coabitação perfeita! acredito que irá, porque já está, a criar gerações de leitores diferentes e distintos. gostei da alteração para "festival do leitor".
muito obrigado pelo seu feedback! Que bom que gostou e que vê neste evento uma porta para gerações mais informadas e com menores níveis de iliteracia!
O meu comentário final:
Município da Lourinhã, esta "nossa conversa" daria para um texto de opinião muito interessante e, quiçá, pertinente, sobre a forma como no Munícipio da Lourinhã se tem promovido a leitura. A metáfora da porta como portal de acesso ao conhecimento da leitura é, como sabe, uma das estratégias mais antigas, por exemplo, do Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente. Desenvolvemos um projeto de leitura (transversal e horizontal) há quase 20 vinte anos. Portanto, não é estranho que pelas atividades promovidas pelo Festival veja muitas vezes, quase sempre, ex-alunos. Pessoas, já adultas, com vidas profissionais ativas, que participam. Estão presentes. Ouvem o que se diz sobre os livros. Alguns levam já os filhos ainda crianças e jovens. Outros participam de forma mais ativa. Por exemplo, no ano passado, dois dos vencedores no escalão de não alunos, do Concurso de contos, foram alunos na Escola EB 2,3 Dr. João das Regras. Foram também da Escola Dr. João das Regras as únicas concorrentes no primeiro ano que esse concurso existiu. E quase todos os anos, sem mesmo em todos, há sempre um aluno da Escola Dr. João das Regras, sede do AEDLV, que ganha um dos prémios. E tem acontecido que, já na secundária, vão ganhando alunos que aprenderam o gosto da leitura e escrita no AEDLV. Assim, o Munícipio da Lourinhã está, sem dúvida, a fazer um excelente trabalho, aproveitando aquilo que melhor se faz, certamente, nos dois agrupamentos de escolas para que o gosto pela leitura, pelos livros, pelo prazer de ler continue a ser promovido de geração em geração. Ou seja, haver um evento que todos os anos sublinhe a importância da leitura na sua dimensão, quanto a mim, mais necessária, aprender a gostar de ler, é extraordinário. Acima de tudo, como escrevi no meu comentário inicial, acredito que este evento, o Festival no seu todo, "irá, porque já está, a criar gerações de leitores diferentes e distintos." E isto porque acontece numa vila onde nas escolas se valoriza, efetivamente, a leitura. De facto, eu não dei relevância nem à informação nem aos níveis de iliteracia. Naturalmente que, num evento com estas características, esses aspetos estão sempre presentes. Estamos a falar de um evento cultural. Mas, sinceramente, creio que o que distingue este Festival é a promoção do gosto pela leitura. O prazer de ler. O apreço pelas palavras ditas e escritas. Em cada uma das sessões pensadas esses ingredientes estão sempre presentes. As pessoas que ouvimos falar fazem-nos sentir que gostam mesmos das palavras escritas e ditas. E, mais, gostam de as dizer, de as pensar, de as escrever, desenhar, mimar, cantar e partilhar. Creio mesmo que o que este festival mais promove é o livre pensamento crítico com muita criatividade à mistura. Portanto, de novo, está de parabéns o Município da Lourinhã, sim, mas também o responsável pelo programa de todos os Festivais, João Morales!
a propósito disto, a minha reflexão:
Claro que pode. Tanto pode que disse o que disse.
Texto encontrado aqui:
assisti. excelente momento de reflexão sobre quem deveria decidir o que deva estar ou não estar no dicionário. e a partir de que momento.
Comprei o vestido (?) na semana passada. Quando o escolhi gostei particularmente das cores. Da conjugação das cores. Foram-me familiares. Escolhi-o para vestir hoje.
Os da foto, hoje publicada, foram feitos por mim. Aprendi a "arte" a ver a minha avó materna durante anos a fazê-los. A receita foi guardada e, agora, já está decorada. A avó era de Idanha-a-Nova.
Aqui podem ficar a saber mais sobre esta "delícia"!