quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Um dia, ao passarmos na Calçada da Estrela, disse-me: «O teu amor por mim é tão grande, como aquela árvore.» Eu fingi que não percebi. «Mas não está ali árvore nenhuma...» «Por isso mesmo», respondeu-me ele.
in Cartas de Amor de Fernando Pessoa
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e finge-se tantas vezes...

6 comentários:

Pedro Damião disse...

Ocorreu-me
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."

Creio ser de Fernando Pessoa.

Pedro Damião disse...

Um excelente fim-de-semana bem prolongado.
Bjkas

Rosalina Simão Nunes disse...

sabes, pitacajo, eu gosto deste verbo fingir. lembro-me sempre do seu sentido mais raro em latim: 'moldar com a mãos'.

pois é, pois é. este fim-de-semana...

beijocas

Anónimo disse...

Desconhecia, mas adorei saber!... Finjamos!

Rosalina Simão Nunes disse...

desconhecia o quê, anónimo?

Anónimo disse...

O sentido mais raro...