Viva! Peço que me conceda a graça de entrar neste espaço para lhe agradecer as palavras bonitas e bondosas que teve para com as garatujas deste escrevinhador no blog "Pequenos Nadas". Certamente não se recordará mas devo dizer-lhe que só a beleza do seu olhar e certamente a grandeza da sua alma são responsáveis por tudo quanto de bonito possa ter visto naquele simples resultado do meu parco talento. Para que não possa ser visto este meu agradecimento como apenas um acto de vaidade, é com humildade que a convido para entrar "No Largo da Graça" e ali receber um pequeníssimo e mui singelo presente que me alegrou partilhar com todos aqueles que, para lá dos amigos, generosamente me trataram e àquilo que escrevo com benevolência e uma simpatia que de todo nada fiz para merecer. Só dessa forma posso mostrar o quanto me tocou aquilo que escreveu e a amplitude do reconhecimento que nutro por isso. Para a Rosalina e todos aqueles que ama e a fazem feliz, o melhor que haja nesta vida e que essa seja tão encantada como o é a melodia que me acompanha enquanto corro a ousadia de dirigir a si. Tudo de bom para si
confesso, Luís, que não me lembrei logo do comentário a que se referia. de facto, não me recordava.
mas ele tinha de existir. por isso fui à procura. cito aqui as palavras de que mais gostei:
E podíamos caminhar, onde o matagal era imperador, sobre a musicalidade do rebuliço das folhas e dos pauzitos secos, gozando a frescura de um jogo de sombras e dedos deformados de luz que os pós e as poeiras ou os insectos irrequietos acentuavam. Ali, a gargalhada tinha eco e quando das folhas pingavam o alimento dos espelhos em que se reflectiam azuis algodoados e, quando a sorte estava a favor, outras nuances das tonalidades da luz. Podíamos perder-nos de amor naqueles recantos ou pelo mais simples prazer de escutar os pássaros quando a Primavera mais os fazia procurarem-se uns aos outros e o montado que o Janeiro havia pintalgado do amarelo das azedas e tufos de margaridas já estava rendido aos malmequeres que se espalhavam como rastos dos brancos anteriores e a todo um arco-íris de lírios selvagens minúsculos ora aqui azuis, ora ali roxos, as bocas de lobo que se deixavam riscar de rosa e o verde flamejante dos acolchoados de trevos trompeteando o regresso do Sol à procura da altivez.
Mas do que eu gostava mais que tudo era uma pequena álea que se organizava em torno de uma mina de água que de tão antiga perdera o préstimo e deixava-me muitas vezes ficar ali, sob o refresco ou o burburinho das ramadas sem nenhuma outra finalidade que não fosse o estar ali ao som daquele silêncio.
devo dizer-lhe, também, que já passei pelo seu espaço, apesar de não ter lá deixado palavras.
e-Arquivo de trabalhos resultantes de atividades propostas por Rosalina Simão Nunes, na sua prática pedagógica, na Escola EB 2,3 Dr. João das Regras do Agrupamento de Escolas D. Lourenço Vicente, Lourinhã.
4 comentários:
Viva!
Peço que me conceda a graça de entrar neste espaço para lhe agradecer as palavras bonitas e bondosas que teve para com as garatujas deste escrevinhador no blog "Pequenos Nadas".
Certamente não se recordará mas devo dizer-lhe que só a beleza do seu olhar e certamente a grandeza da sua alma são responsáveis por tudo quanto de bonito possa ter visto naquele simples resultado do meu parco talento.
Para que não possa ser visto este meu agradecimento como apenas um acto de vaidade, é com humildade que a convido para entrar "No Largo da Graça" e ali receber um pequeníssimo e mui singelo presente que me alegrou partilhar com todos aqueles que, para lá dos amigos, generosamente me trataram e àquilo que escrevo com benevolência e uma simpatia que de todo nada fiz para merecer. Só dessa forma posso mostrar o quanto me tocou aquilo que escreveu e a amplitude do reconhecimento que nutro por isso.
Para a Rosalina e todos aqueles que ama e a fazem feliz, o melhor que haja nesta vida e que essa seja tão encantada como o é a melodia que me acompanha enquanto corro a ousadia de dirigir a si.
Tudo de bom para si
Luís F. de A.Gomes
confesso, Luís, que não me lembrei logo do comentário a que se referia. de facto, não me recordava.
mas ele tinha de existir. por isso fui à procura. cito aqui as palavras de que mais gostei:
E podíamos caminhar, onde o matagal era imperador, sobre a musicalidade do rebuliço das folhas e dos pauzitos secos, gozando a frescura de um jogo de sombras e dedos deformados de luz que os pós e as poeiras ou os insectos irrequietos acentuavam. Ali, a gargalhada tinha eco e quando das folhas pingavam o alimento dos espelhos em que se reflectiam azuis algodoados e, quando a sorte estava a favor, outras nuances das tonalidades da luz. Podíamos perder-nos de amor naqueles recantos ou pelo mais simples prazer de escutar os pássaros quando a Primavera mais os fazia procurarem-se uns aos outros e o montado que o Janeiro havia pintalgado do amarelo das azedas e tufos de margaridas já estava rendido aos malmequeres que se espalhavam como rastos dos brancos anteriores e a todo um arco-íris de lírios selvagens minúsculos ora aqui azuis, ora ali roxos, as bocas de lobo que se deixavam riscar de rosa e o verde flamejante dos acolchoados de trevos trompeteando o regresso do Sol à procura da altivez.
Mas do que eu gostava mais que tudo era uma pequena álea que se organizava em torno de uma mina de água que de tão antiga perdera o préstimo e deixava-me muitas vezes ficar ali, sob o refresco ou o burburinho das ramadas sem nenhuma outra finalidade que não fosse o estar ali ao som daquele silêncio.
devo dizer-lhe, também, que já passei pelo seu espaço, apesar de não ter lá deixado palavras.
obrigada pela atenção.
Parece-me muito um oásis este teu dia d'ócio, dentro do que foi o meu dia. Ah que 'inveja'!
Beijoca e bom ano
e foi mesmo quase assim, jotabê.
bom ano para ti, também.
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