sábado, 20 de janeiro de 2007

Histórias que nos fazem pensar...


Menina dos pés grandes

Era uma vez uma menina muito bonita, mas tinha um problema muito grande: tinha os pés tão grandes que às vezes tropeçava neles. Não se sabe ao certo onde ela vivia, mas pensa-se que era em Marte, num reino muito estranho.
Ela vivia muito triste e andava sempre a “choramingar” pelos cantos, porque todos gozavam com ela por ter os pés grandes. Até lhe chamavam a “Princesa dos Pés Grandes”!
Um dia ela fartou-se da situação e pediu aos pais que fossem com ela a uma espécie de médico. Lá foram na sua nave espacial. Chegaram e explicaram ao espécie de médico que ela estava triste porque tinha os pés grandes e porque todos gozavam com ela.
O médico, depois duma longa conversa, explicou-lhe que todas as pessoas tinham alguns defeitos corporais: uns queixavam-se do nariz grande, outros dos olhos tortos...
A menina viu que o médico tinha razão e regressou a casa mais descansada.
A partir daquele dia ela deixou de se importar, quando lhe falavam nos seus pés grandes, até porque essas pessoas também tinham algum “defeito”. Então, um dia, os seus amigos foram falar com ela e pediram-lhe desculpas.



O Menino Perfeito

Era uma vez um menino que se chamava Pedro e que se achava perfeito. Ela era organizado e muito estudioso.
Um dia os pais tiveram de fazer uma longa viagem e o Pedro foi viver com o tio João. O tio João colocou-o numa escola muito diferente daquela em que o menino andava.
Os meninos da escola nova achavam-no diferente por ele ser tão calado e sério. Assim, o Pedro ficava sempre sozinho no recreio e nunca se juntava aos seus colegas.
Um dia, durante o intervalo, o Pedro foi ver os colegas a jogar à bola. Os rapazes estavam a formar as equipas e repararam que estavam desequilibradas porque faltava um jogador numa das equipas. Então os rapazes convidaram o Pedro a fazer parte duma das equipas. Ele aceitou, mas, cada vez que tocava na bola, tropeçava na bola e mesmo à frente da baliza não conseguia marcar golo.
No final do jogo, o Pedro apercebeu-se que, afinal, não sabia jogar à bola e ficou muito triste porque, assim, já não era um menino perfeito.
Os colegas viram-no muito infeliz e foram saber o que se passava. O Pedro disse-lhes que já não era especial, porque não sabia jogar à bola. Os colegas, então, explicaram-lhe que ninguém era completamente perfeito. As pessoas podiam ser boas numas coisas e más noutros. O Pedro animou-se.
A partir dessa altura, começou a falar com toda a gente e até aceitava receber explicações dos seus colegas.

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Os textos foram produzidos por dois jovens (uma rapariga e um rapaz) que frequentavam o 7º ano (ano lectivo de 2004/05), no âmbito da disciplina de língua portuguesa.

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