terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Glória e virtude
Todos os homens, que se esforçam por estar acima dos restantes seres animados, têm de esforçar-se com todo o empenho, para não passarem a vida em silêncio, como o gado, que a Natureza moldou inclinados para baixo e obedientes ao ventre. Mas a nossa força toda reside na alma e no corpo. Da alma utilizamo-nos para mandar; do corpo, para servir, de preferência. Um é comum a nós e aos deuses, o outro a nós a aos animais. Por isso me parece mais certo procurar a glória com os recursos do talento do que com os da força, e, já que a própria vida de que usufruimos é breve, fazer com que a nossa memória se torne o mais duradoura possível. Na verdade, a glória proveniente da riqueza e da beleza é passageira e frágil, ao passo que a virtude se mantém, preclara e eterna.
Salústio, Catilina, I. 1-7
(in Romana, Antologia da Cultura Latina,
Maria Helena da Rocha Pereira)
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e que gozo me dá (re)ler estes textos, agora, a uma luz diferente.
e sempre com a certeza de que o caminho que escolho todos os dias está iluminado. que seja ousadia, para uns, arrogância, para outros, que seja a alma ou que seja o corpo.
é breve a presença se a voz se calar.

3 comentários:

p bismarck disse...

...que seja a alma e o corpo em simultâneo e com toda a ousadia necessária!

jokitas

Rosalina Simão Nunes disse...

o ideal, desabafos, o ideal...

Rosalina Simão Nunes disse...

ora bem, fernando. a medida certa.

um beijo, também, completo.