segunda-feira, 6 de novembro de 2006

detrás da porta, um vulto espreitava. discretamente, foi-se revelando. primeiro, a sombra, depois, abruptamente, um corpo...
e sentava-se. lentamente, como se o cadeirão que estava encostado à janela fosse seu. depois, tocando nos livros, as estantes ficaram estranhamente suas. a seguir, e já de pé, encaminhou-se para o outro lado da sala. sentou-se numa cadeira. sorriu. pediu que acendessem as luzes. a sala ficou iluminada e tudo era seu.
a sombra desaparecera.
ali, agora, estava apenas um corpo.

6 comentários:

Anónimo disse...

Posso ser sincero??? Por vezes os teus escritos inquietam-me...
Digamos antes ... arrepiam-me!
Apenas sensações!

Uma boa noite

Anónimo disse...

Para a próxima acende logo a luz, não andes pela sala às escuras senão ainda tropeças nalguma peça de mobiliário e acabas a amaldiçoar o que é teu.

:)

XX

Rosalina Simão Nunes disse...

não podes, claudynius, deves. ;)

e penso que deva agradecer as tuas palavras.

obrigada.

Rosalina Simão Nunes disse...

ahahahahhahahaha...jotabê.

não era eu, pá. era uma sombra.

[gargalhada]


XX

Anónimo disse...

Mas bem que podias ser. Sabes este teu post fez-me lembrar uma coisa que ainda hoje faço, andar pela casa totalmente às escuras, sem fazer barulho nenhum, reparar nas sombras estranhas que se vão formando com a pouca luz que entra das janelas, entrar e sair dos vários quartos, tentar não tocar em nada, enfim, maluquices.
Um dia destes aguém se levanta sem eu dar conta acende a luz, apanha-me desprevenido e ainda morro de ataque cardíaco. :(

Rosalina Simão Nunes disse...

credo, jotabê!...

curiosas essas deambulações. eu, então, com a idade dá-me para ter medo do escuro. ehehehehhehe...

quer dizer. não sei se será medo...mas tenho de ter sempre uma luz acesa.