segunda-feira, 13 de novembro de 2006

dentro de nós estão os outros. a distância é ínfima. por isso se torna tão difícil, tantas vezes, aceitar o que os outros nos pedem.

8 comentários:

Anónimo disse...

Esta frase está tão esquisita!

Ora se está dentro, então a distância não pode ser ínfima, será nenhuma, como não temos ninguém dentro de nós, a não ser nós próprios, os outros não nos podem pedir nada, porque não existem, a não ser que não sejam outros, mas nós próprios, que em nome dos outros pedimos a nós próprios, o que não faz muito sentido.

Se então não estão dentro, mas sim a uma distância ínfima, são aqueles chatos muito pegajosos e sarnosos, sempre a pedir, tem algum sentido custar a aceitar, contudo aquele “dentro de nós” ali a trás não me agrada muito, volta a não fazer sentido outra vez.

Mesmo que por um acaso nos atrevêssemos a pedir algo a nós próprios disfarçados de outros, nunca seria difícil aceitar, porque não temos duas vontades que se contrariem uma à outra, para eventualmente, ser difícil aceitar com uma vontade, aquilo que a outra vontade nos pedia a nós próprios, não faz sentido também.

Esta das vontades podia esbarrar naquela imagem já gasta da vontade do coração e da razão, o que faria até algum sentido já que se está a falar de outros e nós, mas que outros estariam dentro? Estariam todos mesmo, se não, quais os relacionados com a razão, ou quais com o coração, uns dentro e outros a uma distância ínfima, ou vice-versa, ou voltariam a estar todos? Por este lado complica muito.

O “tantas vezes” também não ajuda muito, indicia que, quer os outros outros, ou o outros nós, estejam consecutivamente a pedir, o que pelo lado dos outros outros não tanto, mas pelo lado do outros nós, ou estamos malucos, por estarmos consecutivamente a pedir a nós próprios em nome dos outros, ou volta a não faz sentido nenhum outra vez.

Ainda há o lado sexual, estar dentro, e tal, coisi tal, aí já a distância ínfima faz algum sentido, mas o estar dentro não tanto, porque não estão totalmente, só uma parte, e se já está aquela parte dentro, o que poderá o outro pedir mais que nos torne tão difícil de aceitar? Mas pior que isso é o faço de não ser “outro” mas sim “outros”, por esse lado então nem me vou meter, prefiro ficar pelo «Deixa de fazer sentido outra vez».

Por fim há a metáfora, aí ainda se torna mais difícil de entender, a não ser que nos expliques, mas se nos quisesses explicar, nunca tinhas colocado lá uma metáfora, o que também não faz sentido pedir-te uma explicação.

Conclusão, não vou comentar este teu post, espero que não leves a mal.

:)

XX

mfc disse...

É como se nos negássemos a nós próprios.

Rosalina Simão Nunes disse...

jotabê, se gostei do teu comentário! se gostei. :)

todas as tuas leituras são possíveis. gostei particularmente de porque não temos duas vontades que se contrariem uma à outra,...parecerá estranho, mas eu tenho tantas vezes duas vontades que se contrariam uma à outra. tantas vezes.


quanto ao texto em si, é para mim transparente e traduz um sentimento muitas vezes sentido.

faz espelho duma certeza e define de certa maneira a relação que mantenho com as pessoas. dentro de nós aparece em itálico porque não se trata de um conceito físico. eu tenho todas as pessoas a que estou ligada afectivamente dentro de mim. as pessoas com existência física existem, também, animicamente. e é nesta perspectiva que as tenho no pequeno texto que publico dentro de mim.

em síntese, pertencem-me. são minhas. e, naturalmente, porque estou afectivamente ligada a elas a proximidade é imensa. muitas vezes, quase total, por isso a distância ser ínfima.

e por isso, sinto dificuldade, tantas vezes, em aceitar que me peçam o que quer que seja. uma vez que aquilo que eu sinto devia ser recíproco.

espero que tenha ajudado a minha explicação a dar sentido às minhas palavras. mas torno a dizer que todas as tuas leituras são possíveis e quando escrevi este pequeno texto nem me passou pela cabeça que suscitasse esta troca de palavras.

gostei.

XX

Rosalina Simão Nunes disse...

poderá acontecer, também, sim, mfc.

Anónimo disse...

Ahhhh!!! Eu sabia que tinha de fazer alusão ao itálico, bem que me ficou aqui atravessado. Ehehehe

Mas rapariga, não precisavas de levar tão a sério o meu comentário, eu entendi essa figura de estilo do "dentro de mim", afinal só quis brincar com as palavras, confundir as interpretações, etc., enfim sabes como sou.

Já agora, espero fazer parte desse universo de afinidades, teria o maior prazer em estar “dentro de ti”…(como não tenho itálico nos comentários tenho de colocar o dentro de ti entre aspas, e as reticências não é malandrice, é só porque acho que fica bem)

:)


XX

Anónimo disse...

Tchsss, tchssss, deixar aqui um homem sem resposta, nem um "ok, sei lá", ou um "vai-te embora choco", ou até mesmo "isso querias tu, afinidades já eu tenho demais", agora sem resposta, tchsss...


tchssss


:(

Anónimo disse...

tchsss

Rosalina Simão Nunes disse...

oh, o jotabê ficou triste.

mas sabes que não deves ficar triste, claro.

XX