Transcrevendo
"Este país não é para velhos, porque não é para novos. E esta é a chave das explicação da sustentabilidade da Segurança Social."
(...)
"O
Maio de 68 foi feito por pessoas de 18 anos e o 25 de Abril também e eu
não sei onde estão os nossos jovens de 18 anos."
(...)
"A
grande novidade (...) é o papel dos reformados na nossa sociedade. Esta
também é uma novidade histórica. Era um sujeito social que não era
contabilizado por nós. Nós quando estudamos conflitos sociais, estudamos
o movimento operário, estudamos o movimento ecologista, estudamos o
movimento feminista, estudamos o movimento estudantil. Nós não estudamos
os movimentos de reformados. E a grande novidade agora é que vamos ter
de estudar o movimentos de reformados, porque eles apareceram
organizadamente, com impacto político, cheios de força, (...) isto tem a
ver com a memória da revolução. (...) Quem tem 60, 65 ou 70 anos está
na plenitude da sua vida. Quer descansar e não pode porque vê as suas
reformas cortadas. Mas já não é aquele reformado típico que aparece na
televisão que adoram colocar, que é o senhor que está no largo com 90 e
tal anos."
(...)
"No
Brasil não há estado social. O que é que é o estado social no Brasil? É
a solidariedade interfamiliar. O que é que isso faz? Um grande respeito
pelos mais velhos. Que em Portugal se tem perdido e se perdeu em grande
medida, porque essa responsabilidade foi colocada nas mãos do estado e
isso tem tido como contrapartida também, e infelizmente, um crescente
desrespeito pelos mais velhos..."
(...)
"Não há terceira idade: ou se está vivo ou se está morto."(Citando Jô Soares).
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