segunda-feira, 14 de maio de 2007

E o assunto é "só" a língua materna

por João César das Neves
(...)
A escola, antes de tudo, ensina a ler e escrever. Por isso os custos de mudar a gramática lectiva são esmagadores, com benefícios vagos. Os linguistas, como todos os cientistas, são inovadores, polémicos, puristas. É natural que as teorias abundem, evoluam, se entrechoquem. Mas quando o Ministério da Educação intervém, a interessante discussão de especialistas passa a gravíssimo atentado à língua e cultura.

A Portaria n.º 1488/2004 de 24 de Dezembro revogou a anterior gramática (Nomenclatura Gramatical Portuguesa da Portaria n.º 22 664 de 28 de Abril de 1967), adoptando, "a título de experiência pedagógica, a Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário". Agora, como a experiência correu mal, vai proceder-se, "até Janeiro de 2009, à revisão dos programas das disciplinas de Língua Portuguesa" e "ficam suspensos, até 2010, os processos de adopção de novos manuais das disciplinas de Língua Portuguesa dos 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade" (Portaria n.º 476/2007 de 18 de Abril).

A antiga gramática está revogada e a nova vai ser revista. Quem aprendeu, afinal não sabe nada. Quem quer aprender, não sabe o quê. Ninguém se entende. E o assunto é "só" a língua materna. Se existisse uma conspiração deliberada para destruir as bases da nossa educação, progresso e unidade nacionais, o efeito não seria pior. O facto de isto ser causado, não por terroristas, mas pela arrogância e incompetência de funcionários, não é desculpa. Estão na prisão muitos por muito menos.

12 comentários:

Anónimo disse...

há uns que gostam de complicar tudo o que vêm os outros fazer, e outras há que vão atrás de qualquer labrego que fale mal mesmo que seja de borla

o resultado é este um post à medida de quem não tem mais nada que fazer senão falar mal

deviam ser proibidos...

laura

Rosalina Simão Nunes disse...

Se me permite, laura, uma correcção:

...há uns que gostam de complicar tudo o que vêem os outros fazer,...

E já agora, permita-me ainda dizer-lhe que proibida deveria ser a presença de gente do seu nível por estes sítios.

Comente, mas respeite, até porque permito que o seu comentário fique apenas por gozo.

Anónimo disse...

partindo do princípio que o nível a que se refere é o "baixo nível", então há aí uma contradição, eu estou no sitio certo, pois este blog não tem nível nenhum

e já agora em relação aquele "e" que me escapou, escolha um dos inúmeros sítios que nós as mulheres temos para enfiar qualquer coisa e...enfie-lo!

Laura C.

Anónimo disse...

já sei vai-me corrigir de novo, não será "enfie-lo", mas sim, "enfie-o", mas desta feita não foi um "l" a mais, foi "todo" a menos

L.C.

Anónimo disse...

ou porventura poderia-se usar o pronome separado do verbo, seja como for estou certa que perceberá o que tem enfiar e onde

L

Anónimo disse...

lá me enganei outra vez, "poderia-se" não leva hifen, e hifen leva acento

como vê estou mesmo no sítio certo

baixo nível em toda a costa

L.

Anónimo disse...

Concordo que este blogue "não tem nível nenhum": traduzido para linguagem matemática significa negar o zero absoluto, o que resulta em, pelo menos, qualquer coisa. E na minha modesta opinião, este blogue vale muito que qualquer coisa.
Mas é só a minha opinião.

Rosalina Simão Nunes disse...

...partindo do princípio que o nível a que se refere é o "baixo nível", então há aí uma contradição, eu estou no sitio certo, pois este blog não tem nível nenhum...

Pois, mas parte de um princípio errado, cara leitora.

Eu referia-me mesmo ao seu nível, que, como mostrou, não tem nada a ver com o nível deste blog.

E por enquanto ainda me vai fazendo rir. Quando não acontecer isso, apago os seus comentários, se não se importa.

Rosalina Simão Nunes disse...

Exacto, tempus, é só a tua opinião e por vezes é difícil às pessoas aceitar a opinião dos outros.

Mas aprende-se.

beijocas.

Rosalina Simão Nunes disse...

Ai, ai, Laurita...


...lá me enganei outra vez, "poderia-se" não leva hifen, e hifen leva acento...

poder-se-ia

Anónimo disse...

não sua estúpida o que eu queria mesmo era usar o condicional na primeira pessoa do singular do verbo poder, “eu poderia”, o resto já você sabe, o que você ainda não sabe é que está tomada por uma mania de superioridade patética que dá dó.

L.

Rosalina Simão Nunes disse...

adj. e s. m.,
falto de inteligência, de juízo ou discernimento;
que está sob a impressão de estupor;
atónito.


in http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx



______________


...não sua estúpida...

Pela sua declaração, resolvi ir ao dicionário e confirmar in loco o sentido de estúpido.

E é curioso, uma vez que me parece ser a situação. Pelo que vejo pelas suas palavras, a Laura fica atónita pelo facto de eu ter um blog, segundo as suas próprias palavras de baixo nível.


E confirma essa opinião, quando declara no seu último comentário: "...o que você ainda não sabe é que está tomada por uma mania de superioridade patética que dá dó."

Que posso fazer?! Diga-me.

Pretende que eu apague o blog? Ou prefere que eu permita que continue a comentar sem lhe responder?

Ora diga, ou melhor escreva, lá. É que eu ainda não percebi, agora, como noutras situações, como é que alguém que considera o outro com falta de inteligência, faz questão de visitar o espaço dessa mesma pessoa.

Agora seria a minha vez de ficar atónita, não?

Mas, sabe, continue a aparecer. É Bem-vinda.