por Ferreira Fernandes, in DN online.
Quando se soube que el-rei D. Fernando ia casar com Leonor Teles, o alfaiate Fernão Vasques desdenhou: "É uma má mulher." O alfaiate foi enforcado. Muitos anos depois, o velho rei D. Manuel pensou casar o príncipe João (futuro D. João III), seu filho, com a princesa espanhola D. Leonor. A prometida chegou, era mais bonita que o esperado e D. Manuel I repensou o assunto: casou ele com a beldade. O poeta Luís de Camões brincou com o assunto no seu Auto dos Anfitriões. Camões foi exilado para a Índia. Anos depois, Portugal tinha um primeiro-ministro subido a pulso e os Távoras, da alta nobreza, eram viperinos contra o tal marquês de Pombal, da baixa nobreza. Os Távoras acabaram no pelourinho... Em Portugal, brincar com quem mais manda nunca foi bom para a saúde. Por isso, quando vejo um simples ministro apresentar-se como "engenheiro civil... e inscrito na Ordem dos Engenheiros", sorrio. É bom saber que, hoje, já se pode gozar com o mais poderoso português.
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país de brandos costumes, dirão alguns, de fanfarronice a mais, pensarão outros que o não dirão.
3 comentários:
Muito bem, r. Gostei da análise! O Senhor "engenhêro"...Que importa?Para o Tarrafal ele não manda ninguém!:) bj
excelente post!!
obrigada a ambos, abssinto e Teresa.
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