Na primeira actividade da unidade curricular de
Concepção e Avaliação em E-Learning, foi-nos pedido que, depois de uma leitura geral de dois textos, os traduzíssemos, em
trabalho colaborativo, com vista a identificar, a partir dos textos, o conjunto de factores apontados como responsáveis pelo sucesso/qualidade dos cursos online. Neste
post, onde descrevo o processo de desenvolvimento desta actividade, encontram-se os links, quer para a minha participação na tradução do texto, quer para o resultado final das traduções, resultante do trabalho colaborativo.
A última tarefa da actividade foi a discussão geral, em Fórum, tendo como base a participação individual de cada um onde ser pretendia que fosse feita a identificação do conjunto de factores apontados como responsáveis pelo sucesso/qualidade dos cursos online.
Registo aqui a minha participação individual, bem como reflexões resultantes da interacção com os colegas e Professora.
O registo das minhas intervenções terá sempre como fundo o cinzento.
1ª PARTICIPAÇÃO
Domingo, 1 Novembro 2009, 09:15
(...) Portanto, tendo como base a leitura deste texto ["Approaches to E-learning quality Assessment" ] e as conclusões a que chegaram as suas autoras, julgo que fazer uma lista de factores unânimes de qualidade / sucesso dos cursos online seja tarefa complicada, uma vez que dependerá do modelo que se siga. Parece-me, no entanto, que será consensual reconhecer que o e-learning está definitivamente associado às novas tecnologias e que aliado a esse facto estarão as novas formas de aprender e a criatividade. Portanto, atrever-me-ia a afirmar que neste texto só é possível identificar, sem discussão, um factor de qualidade / sucesso dos cursos online: a necessidade de envolver na concepção dos cursos online especialistas em educação, E-learning e equipas de designers.
Julgo que seja neste ponto que os dois textos se cruzam, já que ,em "Reflections on teaching and Learning Online:Quality program design, delivery and support issues from a cross-global perspective", os autores reflectem sobre o desenho dos programas e seu consequente desenvolvimento nos cursos online, partindo de uma experiência colaborativa.
Nesse trabalho reflexivo, a experiência entre as duas universidades é analisada em dois capítulos, estando estes divididos em subtemas, resultantes do debate.
Dessa reflexão emergiram três questões:
- a necessidade de garantir o apoio à equipa de professores no decurso do desenvolvimento dos cursos;
- a necessidade de garantir o apoio aos alunos nas suas aprendizagens em classes virtuais;
- a necessidade de garantir apoio administrativo quer aos alunos quer aos professores antes, durante e após os cursos online.
Assim, e procurando sintetizar a leitura que fiz dos dois textos, julgo que seja possível sugerir os seguintes factores apontados como responsáveis pelo sucesso/qualidade dos cursos online:
- Concepção dos cursos online garantida por especialistas em educação, E-learning e equipas de designers;
- Apoio à equipa de professores no decurso do desenvolvimento dos cursos;
- Apoio aos alunos nas suas aprendizagens em classes virtuais;
- Apoio administrativo quer aos alunos quer aos professores antes, durante e após os cursos online.
Por fim parece-me pertinente referir dois aspectos que podemos ver referenciado em Penna & Stara (2008), na primeira parte do seu trabalho: o facto da qualidade da avaliação de e-learning ser, ainda, uma questão em aberto e a educação a distância baseada na Internet ser, hoje em dia, a tecnologia dominante do e-learning. Qualquer factor de sucesso/qualidade terá sempre que ter em conta este enquadramento.
2ª PARTICIPAÇÃO
Contextualização
Na discussão geral do grupo / turma, a professora fazendo um ponto da situação sobre as participações até então havidas, conclui a sua intervenção da seguinte forma:
"Ou seja, cabe sempre ao professor, pelo menos em parte, motivar os seus alunos. Será que motivar, no âmbito de um curso online, assume características particulares? Terá nestes contextos a motivação intrínseca um papel mais determinante? Como operacionalizar a motivação extrínseca? Enfim, parece que há mesmo muitos aspectos a merecer investigação neste domínio...."
Estas palavras deram origem a seguinte reflexão da minha parte:
[Terça, 3 Novembro 2009, 02:30]
Procurando reflectir sobre as questões levantadas pela Professora, penso que, num curso online, a motivação assume características particulares. Quantas vezes, no exercício das minhas funções, enquanto professora, tendo motivado alunos para participarem em actividades ou para se interessarem pelas matérias, sinto da parte deles necessidade de me mostrarem que ficaram com vontade de fazer e saber. E isso é manifestado das mais variadíssimas maneiras. Às vezes, até, de uma forma exagerada... Mas eu sei que, primeiro, eles estavam desmotivados, segundo, que ficaram desmotivados porque vejo. A comunicação é face a face.
Ora, aqui, neste ambiente, essa visibilidade não existe. E creio que haverá mesmo dificuldade por parte dos professores em terem conhecimento das desmotivação dos alunos, a não ser que estes o escrevam.
Por isso, pergunto-me eu, agora, quando falamos de desmotivação em cursos online, estamos a falar do quê? Por exemplo, eu continuo motivada para este curso, no entanto, neste momento, reconheço que estou a passar por uma fase de maior 'reclusão', isto é, tenho a sensação que a minha participação nos Fóruns é menor. Será esse um indício que me deverá fazer ponderar sobre a minha motivação em relação ao curso? Será que a minha sensação está errada?
Afinal, a minha reflexão acabou por se traduzir em mais questões...
Na sequência desta intervenção, duas colegas entraram em diálogo comigo, tendo uma delas colocado a seguinte questão:
"(...)qual é o aspecto mais valorizado por um professor online: o número de participações, mesmo que algumas delas não sejam tão construtivas e sejam apenas uma forma de dizer "eu estou aqui, atento, mas sem mais nada a acrescentar" ou um número mais reduzido de participações, mas com mais qualidade e mais construtivas para a continuidade da discussão?"
Tentando responder à questão colocada, escrevi:
3ª PARTICIPAÇÃO
[Quarta, 4 Novembro 2009, 22:02]
Pois, não sei dar resposta à sua questão, isto porque me parece que, estando-se a discutir a motivação dos alunos, não me parece que os indícios se devam recolher a partir da valorização que o professor dê às participações, uma vez que aí estaríamos também a avaliar a motivação... A motivação é avaliada?
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Referências
A certa altura e depois da pessoa com quem discutia justificar o facto de não concorrer a professor titular por uma questão de verticalidade, um dos nicks, que, entretanto, também entrou na discussão, em defesa dessa pessoa e da sua verticalidade, fez o seguinte comentário, referindo-se a mim: "A Rosalina é oriunda da Universidade Aberta esse alfobre de gente medíocre."
Parece-me que este é daqueles comentários que se encaixa naquilo que o autor do blogue considera como insultuoso. É claro que se pode alegar que o autor do blogue não tem de estar 'em cima' do blogue. Mas também é um facto que, pelo esclarecimento, antes dos comentários, o uso de nikname só é aceitável mediante identificação pessoal dos comentadores através de envio de email para os editores do blogue ou justificação razoável. Parece-me que Wegie seja um nikname e não um nome.
Assim, aqui fica este registo sobre a verticalidade de alguns.