segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008






A utilização das reticências...


Este sinal de pontuação usa-se, principalmente, quando queremos sugerir algo que não queremos escrever. Substitui, se quiserem, o ar de mistério que fazemos, quando estamos a falar com alguém e queremos sugerir algo que não queremos dizer, mas que a outra pessoa percebe; pode também ser usado para indicar que por alguma razão fomos interrompidos naquilo que estávamos a escrever, tal com acontece, quando estamos a falar, e alguém nos interrompe. Pode ainda querer exprimir uma dúvida, hesitação e até timidez! Claro que também pode substituir o etc. Mas julgo que isso, hoje em dia, aconteça muito raramente. Mesmo na oralidade, as pessoas preferem usa o etc., quando querem dizer as restantes coisas, o resto.

Portanto, usamos as reticências para sugerir, desafiar, prender a atenção, manifestar dúvida, exprimir timidez... Em suma, é um sinal de pontuação que nos permite enriquecer a nossa capacidade de comunicação escrita, tornando-a mais expressiva. A par dessa função quase poética, devemos recorrer às reticências sempre que fazemos a transcrição de uma frase, omitindo o seu início. Com isso queremos dizer que o assunto já vem detrás. Por exemplo : "...sinal de pontuação que nos permite enriquecer a nossa capacidade de comunicação escrita, tornando-a mais expressiva."

Outro uso mais técnico passa por termos de usar as reticências entre parêntesis - (...) - sempre que citamos uma frase, parágrafo, excerto de um texto e cortamos parte do texto, mostrando, assim, que essa parte omitida teria menos importância para aquilo que desejaríamos demonstrar. Assim, e recorrendo, de novo, ao mesmo parágrafo: "Portanto usamos reticências (...) sinal de pontuação que nos permite enriquecer a nossa capacidade de comunicação escrita, tornando-a mais expressiva."
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