O sistema de educação está a ficar perverso.
Uma professora diz:
"NÃO PODEMOS OBRIGÁ-LOS"
“Se os alunos não estudam, se não querem saber, como é que nós os recuperamos? Nós não podemos obrigá-los a estudar e a interessar-se pela escola”, disse ao Correio da Manhã Maria Manuela (nome fictício), professora numa EB 2,3 do distrito de Coimbra.
Revoltada com “o rumo que a Educação está a levar em Portugal”, esta docente, com quase 30 anos de serviço, assegura que “nunca foi tão difícil ensinar e nunca se ensinou tão pouco”.
Convidada a esclarecer, referiu que “antes o professor preocupava-se essencialmente em ensinar e tinha os alunos no centro dos seus objectivos; hoje um professor tem, sobretudo, de fazer relatórios, de elaborar e estudar projectos, enfim, quase tudo menos dar aulas”. Diz a docente que a situação é “insustentável”.
O Inspector Geral de Educação declara:
"NINGUÉM É PRESSIONADO"
O Inspector Geral de Educação, José Maria Azevedo, diz que “é desajustada a ideia de que as avaliações externas possam induzir qualquer falso sucesso”.
Em declarações ao CM, o chefe dos inspectores disse que “estas avaliações até são feitas a pedido das próprias escolas, já que tiveram por base uma candidatura.”
“Não faria sentido estarem agora a usar procedimentos administrativos que distorcessem a realidade”, acrescentou. Para além disso, José Maria Azevedo sublinhou que as notas do primeiro período não terão qualquer peso na avaliação das escolas.
“A progressão dos alunos é um dos pontos, não o único nem o mais importante. Mas isto tem a ver com as notas dos últimos anos e a evolução que se tem verificado e não propriamente as notas do Natal”, esclareceu José Azevedo, referindo que “se estas avaliações levarem a que os docentes se inteirem do projecto educativo e que as escolas se preparem para a avaliação, é positivo”.
De resto, avisa que “as escolas portuguesas continuam a ter elevadíssimas taxas de retenção”.
As escolas continuam a ter elevadíssimas taxas de retenção e continuarão a ter, enquanto os senhores que mandam e inspeccionam continuarem a ser burocráticos e não pensarem em pedagogia.
Devolvam a escola aos professores, senhores.
Os professores não são capachos.
Já agora, havia uma escola onde os professores sabiam qual era o Projecto Educativo. Os professores construíam o Projecto Educativo.
Vejam o que aconteceu...
Uma professora diz:
"NÃO PODEMOS OBRIGÁ-LOS"
“Se os alunos não estudam, se não querem saber, como é que nós os recuperamos? Nós não podemos obrigá-los a estudar e a interessar-se pela escola”, disse ao Correio da Manhã Maria Manuela (nome fictício), professora numa EB 2,3 do distrito de Coimbra.
Revoltada com “o rumo que a Educação está a levar em Portugal”, esta docente, com quase 30 anos de serviço, assegura que “nunca foi tão difícil ensinar e nunca se ensinou tão pouco”.
Convidada a esclarecer, referiu que “antes o professor preocupava-se essencialmente em ensinar e tinha os alunos no centro dos seus objectivos; hoje um professor tem, sobretudo, de fazer relatórios, de elaborar e estudar projectos, enfim, quase tudo menos dar aulas”. Diz a docente que a situação é “insustentável”.
O Inspector Geral de Educação declara:
"NINGUÉM É PRESSIONADO"
O Inspector Geral de Educação, José Maria Azevedo, diz que “é desajustada a ideia de que as avaliações externas possam induzir qualquer falso sucesso”.
Em declarações ao CM, o chefe dos inspectores disse que “estas avaliações até são feitas a pedido das próprias escolas, já que tiveram por base uma candidatura.”
“Não faria sentido estarem agora a usar procedimentos administrativos que distorcessem a realidade”, acrescentou. Para além disso, José Maria Azevedo sublinhou que as notas do primeiro período não terão qualquer peso na avaliação das escolas.
“A progressão dos alunos é um dos pontos, não o único nem o mais importante. Mas isto tem a ver com as notas dos últimos anos e a evolução que se tem verificado e não propriamente as notas do Natal”, esclareceu José Azevedo, referindo que “se estas avaliações levarem a que os docentes se inteirem do projecto educativo e que as escolas se preparem para a avaliação, é positivo”.
De resto, avisa que “as escolas portuguesas continuam a ter elevadíssimas taxas de retenção”.
As escolas continuam a ter elevadíssimas taxas de retenção e continuarão a ter, enquanto os senhores que mandam e inspeccionam continuarem a ser burocráticos e não pensarem em pedagogia.
Devolvam a escola aos professores, senhores.
Os professores não são capachos.
Já agora, havia uma escola onde os professores sabiam qual era o Projecto Educativo. Os professores construíam o Projecto Educativo.
Vejam o que aconteceu...
2 comentários:
E a música não muda. Mudos ficamos nós. De espanto com tanta baboseira.
Gostei desse jogo de palavras: mudar/mudos. ;)
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