sábado, 3 de novembro de 2007

Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.
Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.


Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.


Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.








(Fotos de Rick Govoni // Letra de Jorge Palma)

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