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O discurso crítico sobre Literatura, exactamente por ser crítico, não é um discurso irrevogável; sendo formulado acerca de um discurso artístico - o literário - que é, por natureza plurissignificativo e semanticamente instável, o discurso crítico é sempre um discurso relativo e superável. Por isso mesmo, ele é um discurso que deve ser confrontado com outros discursos, tão relativos e superáveis como ele; e o que daqui decorre - o que daqui deve decorrer - é uma saudável (embora por vezes complexa a até controversa) polifonia de vozes críticas que estimulará o leitor-estudante a enunciar o seu próprio discurso crítico, fazendo-o não forçosamente contra os restantes, mas a partir ou em função das pistas de reflexão que eles possam sugerir.
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O discurso crítico sobre Literatura, exactamente por ser crítico, não é um discurso irrevogável; sendo formulado acerca de um discurso artístico - o literário - que é, por natureza plurissignificativo e semanticamente instável, o discurso crítico é sempre um discurso relativo e superável. Por isso mesmo, ele é um discurso que deve ser confrontado com outros discursos, tão relativos e superáveis como ele; e o que daqui decorre - o que daqui deve decorrer - é uma saudável (embora por vezes complexa a até controversa) polifonia de vozes críticas que estimulará o leitor-estudante a enunciar o seu próprio discurso crítico, fazendo-o não forçosamente contra os restantes, mas a partir ou em função das pistas de reflexão que eles possam sugerir.
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in Apresentação (por Carlos Reis)
da História Crítica da Literatura Portuguesa, Verbo
da História Crítica da Literatura Portuguesa, Verbo
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E o que ganhariam os críticos que para aí pululam, críticos de tudo..., se lessem estas palavras!
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2 comentários:
Acho que alguns nem as percebiam - mas isto sou só eu...
Pois, ALien...
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