quarta-feira, 21 de novembro de 2007


(...)
O discurso crítico sobre Literatura, exactamente por ser crítico, não é um discurso irrevogável; sendo formulado acerca de um discurso artístico - o literário - que é, por natureza plurissignificativo e semanticamente instável, o discurso crítico é sempre um discurso relativo e superável. Por isso mesmo, ele é um discurso que deve ser confrontado com outros discursos, tão relativos e superáveis como ele; e o que daqui decorre - o que daqui deve decorrer - é uma saudável (embora por vezes complexa a até controversa) polifonia de vozes críticas que estimulará o leitor-estudante a enunciar o seu próprio discurso crítico, fazendo-o não forçosamente contra os restantes, mas a partir ou em função das pistas de reflexão que eles possam sugerir.
(...)

in Apresentação (por Carlos Reis)
da História Crítica da Literatura Portuguesa, Verbo


______________

E o que ganhariam os críticos que para aí pululam, críticos de tudo..., se lessem estas palavras!
.
.
.

2 comentários:

Alien8 disse...

Acho que alguns nem as percebiam - mas isto sou só eu...

Rosalina Simão Nunes disse...

Pois, ALien...