Na edição online do Jornal de Notícias de hoje pode ler-se o seguinte:
A professora com cancro na língua, a quem foi recusada a reforma por invalidez por parte da Caixa Geral de Aposentações (CGA), vai ser substituída já na próxima segunda-feira, anunciou hoje Helena Libório, directora-regional adjunta de Educação do Centro (DREC).
Se este fosse apenas o único parágrafo da notícia, poder-se-ia pensar que, finalmente, alguém no Ministério da Educação havia começado a pensar e a agir em conformidade. No entanto, no terceiro parágrafo lê-se:
Após este anúncio, os pais da EB1 de Regedoura resolveram suspender uma acção de protesto prevista para segunda-feira. "Estávamos na disposição de fechar a escola na próxima semana, mas a situação está resolvida, pelo que já não faz sentido, mas continuamos solidários com a professora, entendendo que lhe deve ser dada a aposentação", disse à Lusa Sandra Costa, mãe de dois alunos.
Afinal, e ao contrário do que declara Helena Libório, directora-regional adjunta de Educação do Centro (DREC), a razão pela qual o problema se irá resolver, não será pelo empenho do Ministério da Educação, mas porque a situação desta professora estaria a contrariar a afirmação da Senhora Ministra, quando disse que "Perdi os professores, mas ganhei a população." Ora convenhamos que os pais da EB1 de Regedoura são uma representação dessa população que não convém de todo começar a perder.
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