domingo, 10 de junho de 2007

os outros, aqueles que julgam que nos amam, por vezes, de tão seguros estarem desse sentimento, esquecem-se que há palavras sussurradas a outros que deviam ser só para nós. que há palavras que estão proibidas de ser escritas ou ditas a outros. e isso magoa-nos. e isso obriga-nos a sentir os silêncios. a desejar os silêncios. porque se gritamos essas mágoas a dúvida instala-se e corrói.

mas depois tudo passa. tudo passa sempre. até porque há certezas que são muito frágeis.

4 comentários:

Pedro Damião disse...

"porque se gritamos essas mágoas a dúvida instala-se e corrói"

Tantas vezes sinto isso e tantas vezes prefiro calar certas mágoas e tantas dúvidas por não querer que, depois de faladas ou gritadas, passem a quase-certezas que toldam a razão. Como te entendo.

Teresa Durães disse...

eu já sou de opinião contrária em relação ao "tudo passa" e em ficar em silêncio.

os que julgam que nos amam têm por defeito (normalmente) sentirem-se detentores do conhecimento da alma. Algo que não existe, ninguém pode ser duas almas ao mesmo tempo

Rosalina Simão Nunes disse...

É, tempus. Eu sempre gostei de estar calada (...eu sei que não parece...eehehehehehhe, mas é verdade)...e cada vez acho que é cada vez a melhor opção. Até porque, depois, quando se falo, as palavras têm outra força. ;)

Rosalina Simão Nunes disse...

Ora aí está, Teresa, uma questão, também pertinente: essa de julgarem que nos podem deter a alma...Acho que vou ficar a pensar nessa hoje. :)

Boa noite.