sexta-feira, 21 de julho de 2006

do baú de memórias...

era uma vez um clube. esse clube ficava à beira de um rio. ao longo desse clube havia muitas casas. umas grandes, outras pequenas, outras apenas casas.
um dia, uns amigos desse clube resolveram dar uma festa. mas como eram amigos que só moravam nas casas grandes e pequenas não quiseram contar aos amigos que moravam só nas casas. pois, porque as pessoas que moravam só em casas não se riam como os outros, nem diziam as mesmas coisas que os outros.
e para que não se percebesse que ia haver uma festa resolveram comunicar num código muito esquisito que quase ninguém entendia.
decidiram que a festa ia ser no primeiro dia do final de semana. assim era mais fácil confundirem-se com todos os outros que também faziam festas. nesse dia há sempre muitas festas.
e assim foi. mas como nem todos conseguiam entender o tal código que todos faziam de conta que entendiam porque todos pertenciam às casas grandes e pequenas e não queriam ficar de fora, houve alguns moradores que se perderam. no entanto, os amigos que tinha tido a ideia acharam, até, muita piada. afinal, aquela era uma noite de festa.
e foi.
riram-se muito. disseram muitas coisas giras. foi uma noite super feliz.
e, quando a festa acabou, decidiram que iam dizer a todos os moradores das casas dos clubes, porque, afinal, tudo tinha sido muito giro.
e disseram.
os moradores das casas sorriram. mas as suas casas continuaram a ser só casas e com palavras que faziam sentido.

13 comentários:

wind disse...

Belísima metáfora:)

Rosalina Simão Nunes disse...

bom dia, ghriba. já esteve menos calor. 'brigada pelos miminhos. sabem bem.

Rosalina Simão Nunes disse...

wind, de vez em quando tenho assim uns fortes momentos de inspiração. ;)

wind disse...

Correcção:belíssima:)
lololol, só de vez enquando?
Muito modesta:)

Anónimo disse...

Eu acho que alguém tem de ser responsabilizado. Como tal, e depois de exaustiva análise dos dados apresentados só me resta responsabilizar o gajo da imobiliária, pois a heterogeneidade dos grupos deveriam ser evitada. Mas a culpa sem margem para dúvidas tem de ser repartida também com a comissão de festas do clube, que deveria, já que existe, fazer-se rodear de mecanismos adequados para não provocar a exclusão social.


PS: Já agora, e desculpa lá a consideração, não a tomes por abusiva, mas as casas não deveriam estar ao longo do rio?


:)

Anónimo disse...

Errata

Onde se lê "...dos grupos deveriam...",
deve-se ler "...dos grupos deveria...".

Rosalina Simão Nunes disse...

wind, eu sei que "tenho jeito" para brincar com as palavras. mas 'momentos de inspiração' só mesmo às vezes.

o resto é um mero jogo de escrita que me dá, no entanto, muito gozo. ;)

Rosalina Simão Nunes disse...

na, na, jotabê. eu sou pela heterogeneidade.

a questão aqui é mesmo essa: respeitar os outros como eles são. claro que a comissão de festas agiu mal porque, primeiro, quis "esconder" a existência da festa, mas depois, de forma, diria quase arrogante, pretendeu divulgá-la.

mas, enfim, foi só uma metáfora. como a wind disse.

Rosalina Simão Nunes disse...

é verdade...esqueci-me do P.S.

não. tens que activar a imaginação (H). ahahahhahahahhah...

imagina um clube. um espaço fechado. esse clube é que fica perto de um rio. depois dentro do clube há casas e podemos passear por elas em linha recta. foi esta a imagem que quis transmitir.

Anónimo disse...

Metaforazinha metafórica essa heim?

Anónimo disse...

Mas ainda em relação à heterogeneidade, e à tua tendência hetero (na questão relacional dos povos, entenda-se), deve-se porque nunca tiveste de conviver com uma família cigana e cantigas "ai, ai, Lelo" até às 4 da matina.

:)

Rosalina Simão Nunes disse...

gira esta metaforazinha, não achas?!

olá.

Rosalina Simão Nunes disse...

realmente, talvez tenhas razão quanto à minha heterogeneidade. e, de facto, nunca vivi rodeada por "ai lelos"...ainda assim...

não sei. só mesmo depois de acabar o vinhito que está no copo.

ehehehhehehehehheh...