MEMÓRIAS de uma professora sempre muito [*combativa] || 2
Esta é que devia ser a responsabilidade e preocupação do Municipio da Lourinhã: zelar pela manutenção dos equipamentos que tem "à sua guarda". A responsabilidade do atual estado de conservação deste equipamento não é de quem trabalha aqui todos os dias. Não foram os alunos, nem os professores, nem os funcionários desta escola, a sede do Aedlv Lourinhã , quem andou a "esfolar" a parede para se ver a pintura anterior. Esta escola esteve em obras de 2018 até 2019. Está assim em 2023.
ADENDA
Ontem, estive na Escola EB de Ribamar. Não tirei fotos, não foi alvo de qualquer intervenção para melhoria, é mais antiga, está com pior aspeto. Sei também que as escolas do outro Agrupamento estão em estado semelhante.
Portanto, se o estado dos equipamentos é este e antes da existência de agrupamentos não era, sendo que o estado de conservação era da responabilidade do Governo Central, como acham que as escolas públicas frequentadas pelas crianças e jovens no concelho da Lourinhã estarão se a vontade de criar um mega-agrupamento vingar?
Existe um grupo de trabalho há um ano a estudar o caso. Na altura em que foi criado, não havia problema, pelo menos não foi equacionado. Foi aventada a hipótese de se poder vir a fundamentar a criação de um mega-agrupamento para que fosse garantida a possibilidade de existir o mesmo manual em todos os anos de escolaridade... Mas, pelos vistos, já foram pedidos dados estatísticos às direções de ambos os agrupamentos e os mesmos foram sobre o crescimento do número de alunos e proveniência dos mesmos. Não se quis saber os nomes dos manuais escolhidos por ano de escolaridade. Portanto qual é o problema?
O número de alunos aumentou.
Portanto, qual é o problema? Há escolas que estavam fechadas e vão ser (re)ativadas.
Portanto, qual é o problema?
Quanto aos dados de proveniência (nacionalidade) dos alunos? Será relevante para o estudo porquê? Pretender-se-á segregar? Criar um mega-agrupamento em que haja escolas de portugueses, escolas de brasileiros, escolas de ucranianos?... A seguir qual seria o critério? A etnia? A cor da pele? Uma escola de / para meninos e outra de lavores para as meninas?!
Vem este post também a propósito da sede do Agrupamento do Aedlv não ter, como se pode ver pela foto, nome de identificação à entrada. É verdade. Estamos ali quase há dez anos e continuamos sem ter/ver escrito nas paredes exteriores daquele espaço, onde tantos alunos têm feito aprendizagens significativas, o nome da sua escola. Não somos uma escola anónima. Somos gente. Temos voz. Os alunos, os funcionários, os professores e, também, os encarregados de educação. E se alguém vos perguntasse o nome e tivessem de responder: " - Não posso dizer, está em estudo. Os meus pais querem que eu tenha um nome diferente daquele que me deram à nascença." Que diríamos a essa criança? Faríamos queixa dos pais? Ficaríamos calados?